13/04/2011 - 21:00
A avalanche de investidores que desembarcam no País com a sensação de terem descoberto um novo eldorado não para de crescer. Com eles chega uma montanha de dólares.
Estimativas preliminares dão conta de que ao menos US$ 60 bilhões serão injetados no mercado interno, neste ano, sob a sigla de capital produtivo – não aquele que segue para a bolsa.
A conjunção de fatores positivos inclui ainda o aumento do preço de mercadorias nacionais vendidas no Exterior, das matérias-primas às commodities, além de um PIB mais robusto e da perspectiva de crescimento de 4% a 5% em 2011.
Nesse mar de boas- novas, a agência de classificação de risco Fitch achou por bem elevar a nota brasileira. O País, que já tem grau de investimento desde maio de 2008, subiu novamente de escala.
Em parte, a comunidade internacional atribui à presidente Dilma e “ao seu esforço para controlar gastos” tamanho desempenho. Não deixa de ser um bom sinal essa percepção.
Em 100 dias de governo, a imagem negativa que alguns acalentavam da então candidata Dilma foi dissipada. Tanto aqui como lá fora. Com aprovação recorde, ela quebrou resistências inclusive nos segmentos mais ricos da sociedade.
Contornou a pecha que lhe atribuíam de radical partidária e vem se saindo muito bem no papel de gestora de uma herança do popular Lula. Economia e prestígio presidencial costumam andar juntos.
E, nessa toada, não há qualquer perspectiva de refluxo do novo prestígio conquistado por Dilma. Um estudo baseado em balanços contábeis de 168 companhias acaba de sair do forno e revela que o faturamento dessas empresas cresceu 19% em 2010. E o lucro, nada menos que 34%.
Na soma desse grupo foram sonoros R$ 64,953 bilhões de lucro líquido. Com tanto dinheiro em caixa, é de se esperar que mais projetos saiam da gaveta, incrementando o ciclo produtivo em andamento. Bom para o País. Bom para Dilma.