20/10/2025 - 19:04
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu nesta segunda-feira, 20, o consumo do azeite extra virgem Ouro Negro e do Chá do Milagre (“pó do milagre” ou “pozinho do milagre”) e suspendeu a comercialização, a distribuição, a divulgação e o consumo de 13 lotes do sal do Himalaia da empresa Kinino.
No caso do sal do Himalaia, a medida foi anunciada após a fabricante, a H.L. do Brasil Indústria e Comércio de Produtos Alimentícios, responsável pela Kinino, comunicar o recolhimento voluntário do produto.
Laudos emitidos pelo Instituto Adolfo Lutz apontaram que os lotes apresentaram teor de iodo abaixo do estabelecido na legislação. O mineral é obrigatoriamente adicionado ao sal de cozinha no Brasil para garantir níveis mínimos de consumo e reduzir a incidência de doenças relacionadas à sua deficiência, como bócio (aumento de volume na tireoide).
Os lotes suspensos tinham prazo de validade até março de 2027. Veja a lista:
MAR 257 1
MAR 257 2
MAR 257 3
MAR 257 4
MAR 257 5
MAR 257 6
MAR 257 7
MAR 257 8
MAR 257 9
MAR 257 10
MAR 257 11
MAR 257 12
MAR 257 13
O Estadão entrou em contato com a Kinino, mas não obteve retorno. Caso a demanda seja respondida, o texto será atualizado.
Azeite
O azeite extra virgem Ouro Negro, que teve todos os lotes proibidos, foi alvo da Anvisa por ter origem desconhecida e por ter sido desclassificado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Além disso, no rótulo do produto, consta que ele é importado pela Intralogística Distribuidora Concept, empresa com CNPJ suspenso na Receita Federal.
O Estadão não conseguiu localizar o responsável pela empresa.
Chá do milagre
Outro produto proibido foi o Chá do Milagre. O item foi alvo da agência porque sua composição, classificação e fabricante são desconhecidos.
Outra irregularidade identificada foi a divulgação do chá no Facebook e no Instagram com alegações medicinais. As postagens associavam o produto a supostos benefícios terapêuticos, como emagrecimento, combate à ansiedade e à insônia, prevenção de câncer e estímulo sexual. Essa prática não é permitida para produtos como alimentos e chás.