Quem vem lá

 

Dando continuidade às bilionárias ofertas públicas de ações de 2013, a Azul, terceira maior companhia aérea do Brasil, pretende captar R$ 1,1 bilhão em seu IPO na Bolsa de Valores de São Paulo. Os recursos da operação serão utilizados para aumentar a frota e as rotas, quitar empréstimos e reforçar o capital de giro. Fundada há menos de cinco anos pelo empresário brasileiro-americano David Neeleman, a Azul possui uma participação de cerca de 15% em voos nacionais. Com o IPO, a Azul se juntará à Gol no mercado acionário. Outra grande do setor, a TAM fechou o capital em 2012, quando foi concretizada a fusão com a LAN, do Chile. De acordo com Felipe Rocha, analista da corretora paranaense Omar Camargo, a entrada de mais um nome do setor na bolsa pode levar a uma divisão de fluxo, com os investidores buscando novidades. “Lá na frente, no entanto, o movimento dos investidores vai depender do resultado de cada companhia”, diz o analisa.

 

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Bovespa Mais


Nortec rumo ao IPO

 

A Nortec Química, fabricante nacional de princípios farmacêuticos, ingressou, na terça-feira 28, no Bovespa Mais, segmento de acesso das pequenas e médias empresas ao mercado de ações. Segundo Nicolau Pires Lage (na foto, sentado), presidente da empresa, e Alberto Ramy Mansur, presidente do conselho, a Nortec espera fortalecer sua imagem e facilitar o acesso a recursos para seu próximo ciclo de investimentos.

 

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Touro x Urso

 

A decepção com o crescimento de 0,6% no PIB no primeiro trimestre derrubou o Índice Bovespa, no fim de maio. A média do mercado caiu 2,3% no mês até o dia 29, e amarga uma queda de 10,4% no ano. Não há perspectivas de melhora sem sinais de retomada da economia.

 

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Destaque no pregão


Alphaville eleva ações da Gafisa

 

Apesar de o pessimismo ter tomado conta do pregão na quarta-feira 29, com a divulgação de indicadores econômicos do País, as ações da Gafisa subiram 2,51%. O motivo foram os rumores sobre o futuro da Alphaville Urbanismo. A expectativa é de que a construtora defina, na primeira quinzena deste mês, se vende ou se abre o seu capital. 

 

Palavra de analista:

Para Carlos Müller, analista da Geral Investimentos, embora a venda seja a hipótese mais provável, o IPO traria resultados melhores para a companhia. “A oferta de ações geraria mais valor para a Gafisa”, afirma.

 

 

 


Alimentos


Vigor abocanha metade da Itambé

 

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica aprovou na segunda-feira 27, a compra de 50% do capital social da Itambé pela Vigor. Conforme anunciado em fevereiro, a Vigor, controlada pela holding J&F, pagará cerca de R$ 410 milhões pela participação. Na data, os papéis da Vigor, que acumulam alta de 29,3% neste ano, subiram 0,5%.

 

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Papéis avulsos


Planos bilionários da Cemig 

 

A Cemig pretende investir R$ 1,67 bilhão em geração e transmissão até 2017, de acordo com seu plano de negócios divulgado na segunda-feira 27. Os aportes ficarão concentrados nas usinas de Guanhães, Belo Monte e Santo Antônio. 

 

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Segundo o diretor de relações com os investidores, Luiz Fernando Rolla, a meta da empresa é de que o potencial de geração de caixa medido pelo Ebitda atinja R$ 7,86 bilhões até 2017, considerando a renovação de concessões. Para os analistas do Banco Espírito Santo, que recomendam a compra dos papéis, os números mostram que a empresa está empenhada em melhorar seus resultados.

 

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Bolsa


Eike adia OPA da CCX

 

O empresário Eike Batista adiou a oferta pública de aquisição (OPA) da CCX, empresa de carvão do Grupo EBX, para 12 de julho. A expectativa era de que a operação acontecesse em junho. A companhia é a menor dentre as empresas abertas do grupo. Estão disponíveis cerca de R$ 280,7 milhões em ações no mercado, que serão compradas a, no máximo, R$ 4,31 cada uma. 

 

 

 

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Mercado em números


Eletrobras

R$ 3,4 bilhões – é o valor que a companhia reservou para arcar com as despesas do plano de afastamento voluntário de seus funcionários e de outras companhias do grupo. O programa pode alcançar cinco mil trabalhadores.

 

Tractebel

R$ 96 milhões - era o valor que a geradora de energia pagaria para adquirir a totalidade do capital social da Andrade Energia. A empresa anunciou, na terça-feira 28, que desistiu do negócio.

 

Ideiasnet

R$ 62,2 milhões – foi o lucro da empresa no primeiro trimestre de 2013, revertendo o prejuízo de R$ 3,2 milhões registrado no mesmo período do ano passado.

 

Renar Maçãs

R$ 23 milhões - foi o prejuízo da empresa produtora de frutas em 2012, ante uma perda de R$ 21,6 milhões no ano anterior. A receita líquida caiu 6,1%, para R$ 49,3 milhões.

 

CSU Cardsystem

1 milhão - é a quantidade de ações que a empresa vai adquirir em um novo programa de recompra. O número corresponde a 5,2% dos papéis em circulação.

 

 

 

 

Pelo mundo


A Nasdaq paga por erros em IPO do Facebook

 

A Securities and Exchange Comission multou a Nasdaq, bolsa de tecnologia de Nova York, em US$ 10 milhões, por erros na oferta de ações do Facebook, em maio de 2012. É a maior multa aplicada pelo órgão a uma bolsa de valores.

 

 

 

 

Emissão faz despencar ações do Bankia 

 

A emissão de € 15,5 bilhões em ações do banco estatal espanhol Bankia, na terça-feira 28, provocou uma queda de 5% nos papéis, que fecharam a € 0,57, na bolsa de Madrid. Os investidores se-guem desconfiados e com pouca esperança na recuperação da instituição.

 

 

 

 

A Francesa Coty captará até US$ 1,2 bi

 

A fabricante de fragrâncias francesa Coty, que vende perfumes das marcas Calvin Klein, Davidoff e Chloé, além dos licenciados pela cantora americana Beyoncé, espera levantar até US$ 1,2 bilhão em sua abertura de capital, marcada para o dia 12 de junho, em Nova York.

 

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Personagem


Banrisul aposta no consignado

 

Apesar da queda de 4,5% no lucro líquido no primeiro trimestre, o banco gaúcho Banrisul melhorou em 1,3% sua margem financeira, elevando em 15,6% as receitas com prestação de serviços. Para este ano, as apostas estão no consignado e nos repasses do BNDES para empresas. João Emílio Gazzana, diretor-financeiro e de relações com investidores do Banrisul, falou com a DINHEIRO:

 

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João Emílio Gazzana, diretor de relações com investidores: otimismo

com a economia gaúcha

 

Como o Banrisul está se posicionando em um ambiente de juros e spreads mais baixos?

A queda dos spreads é a nova realidade do sistema financeiro nacional e isso não vai mudar. Não acreditamos que o spread vá encolher muito mais, mas temos de nos adaptar a esse novo cenário. A saída é pelo crescimento, ganhando escala pela expansão da carteira de crédito.

 

Quais são as perspectivas para os empréstimos?

Nossa carteira de empréstimos cresceu 6,7% no primeiro trimestre, acima da média do setor, se desconsiderarmos os bancos federais. A expectativa é muito positiva, principalmente pelos bons prognósticos da economia gaúcha, que deve crescer dois pontos percentuais acima da média nacional. Nesse cenário, esperamos que os empréstimos cresçam entre 15% e 20% no ano.

 

Não há uma preocupação com a inadimplência?

O banco sofreu com a inadimplência no ano passado, devido ao mau desempenho da economia do Rio Grande do Sul. No entanto, esse indicador está melhorando. A inadimplência começou a encolher e nós esperamos uma melhoria contínua, especialmente no segundo semestre. 

 

Quais são as linhas de crédito mais promissoras?

O Banrisul é um banco com grande presença junto às pessoas físicas, especialmente os funcionários públicos estaduais e os funcionários das prefeituras gaúchas. A carteira mais forte é a do crédito consignado, que representa 72% dos negócios do segmento pessoa física. No caso da pessoa jurídica, recentemente demos ênfase aos repasses do BNDES para a compra de máquinas e equipamentos. 

 

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Colaborou: Patricia Alves