O apelido, ?Baby Lambo?, soa irônico para um carro que já nasce como gente grande. O Lamborghini Gallardo, primeiro automóvel da parceria da marca italiana com a alemã Audi, foi a grande sensação do mais recente Salão do Automóvel de Genebra, realizado em abril. São 500 cavalos de potência, vai de 0 a 100 km/h em apenas 4 segundos e atinge 310 km/h. O nome da máquina faz alusão a uma raça de touro. Custará US$ 160 mil. É quase a metade de seu irmão mais velho, o Murciélago, vendido por US$ 280 mil em troca de uma velocidade de até 330 km/h. A rigor, os executivos da fábrica de Santa Agata Bolognese desenharam o Gallardo para ampliar o leque de consumidores. Estima-se em apenas 8 mil pessoas os potenciais proprietários de um Murciélago. O novo bólido, apostam os italianos, poderá pousar na garagem do dobro de interessados. É a alternativa ?popular? de uma grife lendária pelo arrojo do design e pela potência do motor.

Os estudos começaram em 2000.
No início, o projeto, sigiloso, foi batizado de L140. Era preciso desenvolver um modelo novo sem ferir a tradição da Lamborghini.
Em alguns pontos, o resultado já é um clássico. Diferentemente de outras versões da marca, as portas não se abrem para cima. Ele é
menor que o Murciélago. A carroceria de alumínio tem 4,3 metros protegidos por sistema de air-bag. As inovações do Gallardo apontam numa direção: a Lamborghini, em seu casamento com a Audi (ambas de propriedade da Volkswagen), não perdeu o charme, apenas mudou as formas de seduzir.