Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) – A balança comercial brasileira teve superávit de 7,7 bilhões de dólares em agosto, recorde histórico para o mês na série iniciada em 1989, divulgou o Ministério da Economia nesta quarta-feira.

O resultado superou estimativa de analistas de um saldo positivo de 7,2 bilhões de dólares, apontado em pesquisa da Reuters.

As exportações tiveram aumento de 49,2% ante igual mês do ano passado, pela média diária, a 27,2 bilhões de dólares, maior valor já registrado para o mês.

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Embora tenha havido aumento no volume exportado, de 8,7%, o crescimento nessa ponta foi guiado sobretudo pelo avanço dos preços, que saltaram 41,7% no período, indicaram dados do ministério.

As vendas de bens da indústria extrativa subiram 113,3% sobre agosto de 2020, com destaque para minério de ferro (+128,6%) e minério de cobre (+145,1). Mas as demais categorias também ficaram no azul, com aumento de 32,9% nas exportações de produtos da indústria de transformação e de 19,4% em produtos da agropecuária.

Já as importações registraram alta de 61,1% em agosto sobre um ano antes, a 19,5 bilhões de dólares. Houve expansão de 262,4% em compras da indústria extrativa, com destaque para o aumento de 541,5% na importação de gás natural.

Também tiveram expansão as compras de produtos da indústria de transformação (+57,1%) e da agropecuária (+26,7%).

No acumulado de janeiro a agosto, a balança comercial registra superávit de 52,0 bilhões de dólares, contra saldo positivo de 35,7 bilhões de dólares em igual etapa do ano passado.

Para o ano, a estimativa mais recente do Ministério da Economia é de um superávit da balança comercial de 105,3 bilhões de dólares. A cifra representa quase o dobro do saldo positivo de 51,1 bilhões de dólares alcançado para as trocas comerciais em 2020.

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