Levantamento feito pela Precifica, empresa especializada em soluções de pricing, como o monitoramento de preços do comércio eletrônico, aponta que o valor da cesta básica na região metropolitana de São Paulo caiu 3,18% em setembro, passando de R$ R$ 683,80 para R$ 662,05. Conforme os últimos índices, a inflação segue em recuo e esta é a terceira diminuição consecutiva do ano. 

Em retrospecto, em julho, houve a primeira queda de 1,98% e, em agosto, de 6,98%. O índice da Precifica, baseado no e-commerce da Grande São Paulo, difere do índice oficial medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA-15, prévia da inflação, teve aumento de 0,35% em setembro, na média do país, e de 0,39% na Grande São Paulo.

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Considerando apenas o grupo “Alimentação e bebidas”, o IBGE também apurou a terceira queda consecutiva no ano, com (-0,77%) no período, na medição nacional. 

É importante ressaltar que os números do IBGE envolvem produtos e serviços diversos e não somente da cesta básica, além de incluir preços de vários tipos de estabelecimentos, físicos e virtuais, o que justifica a diferença. A média nacional de 0,35% em setembro foi influenciada pela alta da gasolina. 

O estudo feito pela Precifica envolveu 13 itens disponíveis em cinco grandes plataformas de e-commerce de empresas supermercadistas que atuam na região metropolitana de São Paulo. A pesquisa abrange os mesmos itens adotados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). A diferença é que a Precifica monitora o preço do sal refinado, mas não acompanha o do pãozinho francês, enquanto o Dieese acompanha o do pãozinho, mas não o do sal. 

Banana cai quase 14% 

Com baixa de 13,3%, a banana é o alimento com maior queda no grupo de itens pesquisados do mês de setembro. Além da fruta, batata, feijão, leite e manteiga tiveram queda de 13,1%, 7,9%, 7,6% e 1,2% respectivamente. 

Tomate é o novo vilão 

Com alta de 11,1%, o tomate é o vilão de setembro. Mas não está sozinho: arroz (5,3%), açúcar (2,3%) e farinha de trigo (0,9%) também tiveram aumento. Café em pó, carne bovina, óleo e sal refinado não apresentaram variação. 

“Mesmo com as diferenças entre a nossa pesquisa e a IPCA-15, é importante enfatizar que existe um ponto de convergência, que é o preço dos alimentos, pois as duas apresentaram redução dentro desse recorte. Os índices refletem a melhora na economia, que segue em crescimento. Além disso, é interessante observar que os valores se comportam de forma diferente em cada região do país”, comenta Ricardo Ramos, CEO da Precifica.