O Banco do Brasil deve mostrar um resultado “mais estressado” no terceiro trimestre ainda em razão de operações na carteira de crédito do agronegócio, com melhora apenas no final do ano, afirmou a presidente-executiva do BB, Tarciana Medeiros.

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“Acredito que nós ainda teremos, sim, o resultado mais estressado”, afirmou Medeiros em videoconferência sobre balanço do segundo trimestre divulgado na véspera, que veio bastante pressionado pelo agravamento da inadimplência no agronegócio.

Ela ressaltou, porém, que uma melhora deve vir a partir do quarto trimestre, apoiada pelo crescimento da margem financeira bruta do BB.

A executiva também afirmou que a previsão de lucro para o ano entre R$21 bilhões e R$25 bilhões, divulgada na véspera, é um resultado que está aquém da expectativa do BB e do esperado pelo mercado.

“A gente sabe disso, mas é um resultado responsável. É um resultado que mantém o balanço do banco robusto… que adiante a gente retome o crescimento de rentabilidade nos patamares vistos em anos anteriores”, afirmou.

No segundo trimestre, o retorno sobre patrimônio líquido (ROE) do BB desabou para 8,4%, de 16,7% nos primeiros meses do ano e 21,6% um ano antes.

Perto das 11h45, a ação do BB subia 0,86%, quanto o Ibovespa recuava 0,14%.