26/12/2024 - 8:21
O Banco Mundial elevou nesta quinta-feira sua previsão para o crescimento econômico da China em 2024 e 2025, mas alertou que a confiança moderada das famílias e das empresas, juntamente com os problemas no setor imobiliário, continuarão a pesar no próximo ano.
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A segunda maior economia do mundo enfrentou dificuldades este ano, principalmente devido a uma crise imobiliária e à fraqueza da demanda interna. Um aumento esperado nas tarifas dos Estados Unidos sobre seus produtos quando o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, assumir o cargo em janeiro também poderá afetar o crescimento.
“Enfrentar os desafios no setor imobiliário, fortalecer as redes de segurança social e melhorar as finanças do governo local será essencial para desbloquear uma recuperação sustentada”, disse Mara Warwick, diretora do Banco Mundial para a China.
“É importante equilibrar o apoio de curto prazo ao crescimento com reformas estruturais de longo prazo”, acrescentou ela em um comunicado.
Graças ao efeito do recente afrouxamento da política monetária e à força das exportações a curto prazo, o Banco Mundial considera que o crescimento do Produto Interno Bruto da China será de 4,9% este ano, acima de sua previsão de junho, de 4,8%.
Pequim estabeleceu uma meta de crescimento de “cerca de 5%” este ano, uma meta que diz estar confiante em alcançar.
Embora a expectativa seja de que o crescimento para 2025 caia para 4,5%, esse valor ainda é maior do que a previsão anterior do Banco Mundial de 4,1%.
O crescimento mais lento da renda familiar e o efeito negativo dos preços mais baixos dos imóveis residenciais devem pesar sobre o consumo em 2025, acrescentou o Banco Mundial.
Para reavivar o crescimento, as autoridades chinesas concordaram em emitir um recorde de 3 trilhões de iuanes (411 bilhões de dólares) em títulos especiais do Tesouro no próximo ano, informou a Reuters esta semana.
Os números não serão divulgados oficialmente até a reunião anual do Parlamento da China, o Congresso Nacional do Povo, em março de 2025, e ainda podem mudar antes disso.
Embora o órgão regulador do setor habitacional continue com seus esforços para conter novas quedas no mercado imobiliário chinês no próximo ano, o Banco Mundial disse que uma reviravolta no setor não está prevista até o final de 2025.