O Banco Safra anunciou, na terça-feira, 10, que assumiu o controle operacional do conglomerado financeiro Alfa. A aquisição, acertada em novembro de 2022, envolveu uma transação de R$ 1,028 bilhão. O acordo inclui uma financeira, uma administradora de consórcios, uma seguradora e uma corretora de seguros.

Mesmo após a compra por parte do Safra, as instituições financeiras seguirão com suas atividades e operações separadas e de forma independente, mas com o controle operacional realizado por parte do banco comprador.

+BTG Pactual compra a Órama Investimentos por R$ 500 milhões

O Banco Safra já afirmou que promoverá ofertas públicas de aquisições de ações de emissão das companhias do grupo. “A operação faz parte da estratégia de crescimento do Safra”, informou o banco, destacando que não há qualquer acordo de acionistas ou de compra e venda de valores mobiliários de emissão das companhias envolvidas.

Com patrimônio líquido de R$ 24 bilhões, R$ 270 bilhões em ativos e R$ 300 bilhões em recursos captados, o Safra é considerado um dos maiores bancos privados do Brasil. Foi fundado por Joseph Safra e está presente em 27 países.

Já o Alfa, com quase 100 anos de operação, teve sua origem no Banco da Lavoura de Minas, em 1925. Na década de 70, mudou o nome para Banco Real, e foi vendido ao ABN Amro em 1998.

“Compartilhamos valores, visão de longo prazo e paixão por trabalhar. Isso nos dá enorme confiança na sintonia e sucesso dessa operação”, afirmou David Safra, do Conselho de Administração do banco, na época do acordo de compra, em novembro do ano passado.

Também na época do anúncio da aquisição, o CEO do Alfa, Fábio Amorosino, celebrou o negócio, na qual ele classificou como “uma transação histórica no mercado financeiro brasileiro”.