25/07/2023 - 11:06
Os bancos e cartões de crédito lideram as dívidas dos brasileiros: 31,10% dos endividados estão negativados nesse segmento. É o que mostra levantamento do Serasa Experian, divulgado nesta terça-feira, 25, durante coletiva de imprensa. O dado reflete mudanças na educação financeira e movimentação a partir do Desenrola, programa de renegociação de dívidas mediado pelo governo federal.
Resumo
- O Serasa, entre 17 e 23 de julho, desnegativou 1.542.898 dívidas de R$ 100, conforme determinação do Desenrola;
- Foram 13,4 mil dívidas desnegativadas nos primeiros 20 dia de julho;
- Bancos e cartões representam 31.10% das dívidas dos brasileiros.
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“Numa situação de dificuldade, é preciso priorizar, e tende a priorizar dívidas de bem-estar, como água e luz. Já no cartão de crédito, a dívida acumula mas não há impacto direto. Portanto, não são priorizadas no momento de decisão, mas são as [dívidas] que mais crescem”, explica Matheus Moura, diretor de marketing do Serasa Experian.
Veja o ranking de dívidas:
- Bancos/cartões: 31.10%
- Utilities: 22,10%
- Financeiras: 15,20%
- Varejo: 11,40%
- Serviços: 10,60%
- Telefonia: 4,80%
- Outros: 3,10%
Há um crescimento, segundo o diretor, de 62% no número de renegociações feitas entre entre maio, julho e julho. O crescimento se dá a partir do dia 17 de julho, quando começa a primeira fase do Desenrola Brasil, iniciativa que atende pessoas com renda mensal de até R$ 20 mil.
A demanda maior também se explica pelas oportunidades geradas pelo próprio Desenrola Brasil, já que as instituições financeiras, credoras da Faixa 2 do programa, aumentaram os percentuais de descontos. Somente nas negociações com bancos realizadas via aplicativo ou site da Serasa, o volume total de descontos chegou a R$ 973.996.026,00 – 97% maior que o mesmo período de junho.
Após série de altas ao longo de 2023, a inadimplência no Brasil teve a primeira queda no ano ao atingir 71,45 milhões de negativados, segundo os dados do mês de junho do Mapa de Inadimplência da Serasa. Em relação a maio, a redução foi de 450 mil pessoas inadimplentes no país sobre os 71,9 milhões de endividados no período (-0,63%), interrompendo assim uma sequência de aumento da inadimplência ao longo deste ano.
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