Os bancos de Wall Street estão se preparando para vender até US$ 3 bilhões em participações de dívida na rede social X, controlada por Elon Musk, disseram duas fontes com conhecimento do assunto.

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Executivos do Morgan Stanley entraram em contato com investidores antes de uma venda planejada para esta semana, disseram as fontes. Os bancos esperam receber de 90 a 95 centavos de dólar, de acordo com o Wall Street Journal.

Elon Musk disse que a reportagem do jornal é “falsa” e escreveu em sua conta no X que a publicação estava “mentindo”.

O jornal citou um email de janeiro para a equipe do X, no qual Musk disse que as finanças  da empresa continuam com problemas, mas apontando para o poder e a influência crescentes que acredita que empresa tenha.

Morgan Stanley e outros bancos, como Bank of America e Barclays, emprestaram dinheiro a Musk para concluir a compra do Twitter por US$ 44 bilhões em 2022, antes do bilionário mudar o nome da empresa para X.

Morgan Stanley, Bank of America e Barclays não comentaram o assunto.

Normalmente, os bancos vendem esses empréstimos aos investidores logo após a conclusão de um negócio, mas os credores enfrentaram dificuldades para quitar a dívida no caso da X.

As mudanças radicais de Musk na plataforma, incluindo a demissão de muitas pessoas que trabalhavam para moderar conteúdo, e uma de suas publicações na rede social, afugentaram os anunciantes e afetaram as receitas da empresa. Isso reduziu o valor da dívida, pois o risco de inadimplência aumentou.

A Reuters informou em novembro que a ascensão política de Musk e sua proximidade com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fizeram com que os bancos norte-americanos refletissem sobre as melhores perspectivas para a plataforma de mídia social, o que os ajudou a vender a dívida sem ter que arcar com grandes descontos.

As tentativas de vender a dívida no final de 2022 atraíram ofertas que teriam feito com que os bancos tivessem uma perda de até 20% sobre o valor de face da dívida, disseram fontes na época.

Outros bancos do consórcio que ajudaram a financiar a compra do Twitter incluíram Mitsubishi UFJ, BNP Paribas, Mizuho e Société Générale.