10/04/2024 - 13:03
Os Barômetros Econômicos Globais Antecedente e Coincidente rumaram em direções opostas em abril, mostrando uma acomodação “em patamar moderado” diante de incertezas sobre desaceleração global. O Barômetro Global Antecedente avançou, enquanto o Barômetro Coincidente recuou, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).
“O Barômetro Global Antecedente sobe em abril, compensando parcialmente o recuo expressivo do mês anterior e se mantendo próximo ao nível neutro de 100 pontos. O Barômetro Coincidente recua ligeiramente no mês, mantendo-se abaixo do pico de janeiro pelo terceiro mês seguido, um possível sinal do início de uma fase de desaceleração da atividade econômica global”, disse a FGV.
O Barômetro Econômico Global Coincidente caiu 0,2 ponto em abril, para 93,0 pontos. O Barômetro Econômico Global Antecedente aumentou 2,2 pontos, para 101,1 pontos.
“O Barômetro Global Coincidente evidencia nos últimos meses o enfraquecimento da fase de aceleração do crescimento global observada até janeiro 2024, embora os sinais de uma efetiva desaceleração ainda sejam tímidos. Apesar desta perspectiva de desaceleração, as previsões de crescimento mundial feitas pelo FMI e pela OCDE para 2024 avançaram para taxas muito próximas às de 2023 nos últimos meses, um reflexo do desempenho melhor que o esperado da economia neste início de ano. A manutenção do Barômetro Antecedente em um patamar próximo aos 100 pontos parece refletir as incertezas quanto ao timing e intensidade da desaceleração global”, avaliou Aloisio Campelo Junior, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota.
O Barômetro Coincidente reflete o estado atual da atividade econômica. O Barômetro Antecedente emite um sinal cíclico cerca de três a seis meses à frente dos desenvolvimentos econômicos reais. Os dois indicadores são produzidos pelo Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV) em colaboração com o Instituto Econômico Suíço KOF da ETH Zurique.
“A leve queda do Barômetro Coincidente foi determinada principalmente pelo recuo na região da Ásia, Pacífico & África, enquanto a alta do Antecedente foi motivada por altas na Europa e na Ásia, Pacífico & África”, ressaltou a nota da FGV.
No Barômetro Global Coincidente, a região da Ásia, Pacífico & África deu uma contribuição negativa de 0,4 ponto, enquanto o Hemisfério Ocidental impactou positivamente em 0,1 ponto, e a Europa, em 0,1 ponto.
No Barômetro Global Antecedente, a região da Ásia, Pacífico & África contribui positivamente com 1,0 ponto, enquanto a Europa impactou em 1,2 ponto, e o Hemisfério Ocidental teve contribuição nula.