O novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nesta sexta-feira, 29, que apesar de a Corte ser o intérprete final da Constituição, é o Congresso quem tem a última palavra, já que tem o poder de alterar dispositivos, que não sejam cláusulas pétreas, por meio de Propostas de Emendas à Constituição (PECs).

“Em não se tratando sobre cláusula pétrea, o Congresso que tem última palavra, porque ele sempre pode apresentar PEC revertendo decisão do Supremo”, disse Barroso. “Formalmente (o STF) tem a última palavra, mas normalmente não é, porque é sempre possível reverter”, emendou.

Barroso disse ainda que o Tribunal não é o dono da Constituição, mas faz interpretações da lei por meio de interlocução com a sociedade e outros poderes, dentro dos sentidos possíveis. “Não é competência arbitrária”, disse, ao reforçar que a Corte busca um diálogo permanente.