O famoso advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida e Castro, o Kakay, é um dos maiores críticos ao modus operandi adotado pela equipe que coordena a Lava Jato. “Eu defendo a operação, mas sou crítico dos excessos que têm sido cometidos. Como a banalização das prisões preventivas e das delações premiadas”, diz Kakay. “Enquanto cidadão, a Lava Jato teve uma série de vantagens. Ninguém podia imaginar uma corrupção tão sistematizada e arraigada nas grandes empresas brasileiras como se demonstrou. Mas sou crítico dos excessos.”

Com as “estrelas” empresariais da Lava Jato

Desde o início da Lava Jato, Kakay advogou – e ainda advoga – para 21 clientes. Entre os mais famosos estão o banqueiro André Esteves, do BTG, e agora os encrencados irmãos Joesley e Wesley Batista, da JBS. Indagado sobre os clientes que a Lava Jato trouxe, Kakay diz que sua vida continua igual. “Para mim não teve muita diferença, pois, sem cabotinismo, advogo nesses casos principais há muitos anos.” E completa. “Ninguém fala, não sai na mídia, mas boa parte da minha advocacia é gratuita, faço pro bono.”

(Nota publicada na Edição 1040 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Hugo Cilo e Luís Artur Nogueira)