20/02/2015 - 0:00
Depois de passagens pela direção de criação em agências consagradas, como a DPZ, e de ser presidente do Clube de Criação de São Paulo, Righi se tornou, em setembro de 2014, sócio da produtora Cia de Cinema. Ele fala sobre o mercado de filmes publicitários:
Quanto a experiência em agências contribui no momento de produzir um comercial?
Conheço muito bem os clientes e sei a necessidade deles. Existe um cuidado de produção necessário para ser fiel ao conceito de marca. Tento passar isso para os diretores dos filmes, que são artistas e cineastas. É preciso que entendam que não estão fazendo cinema, mas cinema publicitário.
Como fazer os diretores se adaptarem ao mundo da publicidade?
Faço uma reunião semanal com eles para falar de roteiro, sobre como se comportar em reuniões com os clientes e para evitarem dar palpites errados. Também buscamos soluções para viabilizar financeiramente os projetos, porque os orçamentos estão muito apertados atualmente.
As produtoras fazem de tudo, hoje, de comerciais a séries de tevê e longas-metragens. Qual é a sua opinião sobre isso?
Não acredito no médico que é oncologista, dermatologista e oculista. Ninguém consegue fazer tudo bem, exceto se o seu nome for Leonardo da Vinci ou Michelangelo. Os projetos de um longa-metragem e de um comercial são bastante diferentes.
(Nota publicada na Edição 904 da Revista Dinheiro)