11/09/2020 - 20:38
O Banco do Brasil informou, nesta sexta-feira, 11, por meio de nota, que a cessão da carteira de crédito do BB para o BTG Pactual “ocorreu após processo de concorrência que contou com a participação de quatro empresas especializadas neste mercado”. O PSOL pediu nesta sexta-feira ao Ministério Público Federal que investigue a operação. O BB tem sido criticado por partidos políticos e sindicatos por supostamente vender barato demais a carteira de crédito. Na representação, o partido pede que o MPF investigue o ministro da Economia, Paulo Guedes, o ex-presidente do BB Rubem Novaes e o BTG Pactual. O PSOL aponta possível direcionamento pela proximidade de Guedes e Novaes com o BTG Pactual.
“O cessionário escolhido foi aquele que apresentou a maior oferta de pagamento à vista e o maior porcentual do rateio de prêmios futuros. A precificação da operação, a avaliação de riscos e a evidenciação da vantajosidade econômica para o Banco do Brasil contaram com o acompanhamento de consultoria externa realizada pela empresa Pricewaterhouse Coopers”, afirmou o BB por meio de nota enviada ao Broadcast.
Segundo o banco, os créditos cedidos referem-se a operações que estavam inadimplentes, em média, há mais de seis anos. “Do total, 98% já estava lançado em prejuízo e os 2% restantes contavam com provisões. Além disso, trata-se de um portfólio de operações ajuizadas, com processos judiciais iniciados há até 15 anos”, esclareceu o BB.
A assessoria do banco afirma ainda que a parcela à vista que foi paga pela carteira “superou a estimativa de recuperação desses créditos (à vista e a prazo) pelas esteiras do próprio Banco do Brasil e ainda agregou a expectativa de resultados futuros mediante compartilhamento de prêmios líquidos, sendo que os riscos são assumidos pelo Fundo adquirente”. A venda da carteira terá um impacto positivo no resultado financeiro do BB calculado em R$ 371 milhões, antes dos impostos, segundo a instituição.