O Banco do Brasil divulgou, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, suas projeções de desempenho para 2017, com mudanças na composição dos guidances e ainda a inclusão de novos indicadores. Uma das novidades é a estimativa para o lucro líquido ajustado do banco, que deve ficar entre R$ 9,5 bilhões e R$ 12,5 bilhões neste ano. No piso do guidance, representará aumento de 31,94% e no teto, de 73,61%. Foram substituídos, conforme o BB, os guidances para retorno (RSPL) e o índice de provisões (PCLD), sendo que outros cinco foram alterados: margem financeira bruta, carteira de crédito ampliada interna, carteira de crédito ampliada interna pessoa física, jurídica e agronegócio. Além da inclusão do guidance para lucro no lugar do retorno, o BB passou a divulgar projeção para as despesas com provisões líquidas de recuperação de operações em perdas. O banco espera que esses gastos somem de R$ 23,5 bilhões a R$ 20,5 bilhões neste ano. A carteira de crédito ampliada do BB deve crescer de 1% a 4% neste ano ante 2016. A instituição prevê alta de 4% a 7% na pessoa física e de 6% a 9% no rural. Na outra ponta, crédito para empresas deve encolher no mínimo 1% e no máximo 4%. O BB projeta ainda que sua margem financeira bruta sem recuperação de operações em perdas fique entre 0% e 4% neste ano. Já as rendas com tarifas devem crescer de 6% a 9% em 2017 ante o exercício passado. Para as despesas administrativas, a expectativa do banco é de aumento de 1,5% a 4,5%. 2016 O BB publicou ainda seus guidances de 2016 em relação aos resultados apresentados, superando o de despesas administrativas. Em geral, o banco atingiu suas projeções, com exceção de crédito a pessoa jurídica e agronegócio. Segundo a instituição, o resultado foi impactado pelo efeito combinado da menor demanda e da amortização de operações de títulos privados e ainda amortizações na carteira agroindustrial. O retorno ajustado do BB ficou em 7,5% contra intervalo estimado de 7% a 8%. Já a margem financeira bruta foi a 13,0% ante faixa de 11% a 15%. A carteira de crédito ampliada do banco encolheu 8,6% em 2016, em linha com o guidance que sinalizava redução de 9% a 6%. A pessoa física cresceu 1,5% ante intervalo de 1% a 4%. Pessoa jurídica diminuiu 19,2%, fora do guidance de queda de 19% a 16%, assim como a carteira de agronegócio que recuou em 2,8% enquanto a faixa estimada era de alta de 4% a 7%. O índice de PCLD, que considera as despesas de provisões dos últimos 12 meses em relação à carteira de crédito classificada média do mesmo período, foi a 4,6% contra intervalo de 4,5% a 4,6%. As rendas com tarifas do BB cresceram 6,8% no ano passado contra alta estimada de 6% a 7%. Já as despesas administrativas aumentaram 3,5%, melhor que o intervalo projetado pelo banco, que apontava elevação de 4% a 6%.