O IRB Brasil Re, que analisa o mercado para abrir seu capital, teve lucro líquido ajustado de R$ 368 milhões no quarto trimestre, incremento de 83,5% em relação ao visto em 12 meses, de R$ 201 milhões, de acordo com relatório que acompanha as demonstrações financeiras da BB Seguridade. Em relação ao terceiro trimestre, quando ficou em R$ 66 milhões, o resultado veio 457,6% maior. No comparativo anual, o lucro líquido do IRB foi beneficiado pela redução de 32,3 pontos porcentuais no índice de sinistralidade, parcialmente compensada pelo aumento nos índices de despesas gerais e administrativas e de comissionamento. Já no trimestre, contribuiu o resultado financeiro que saiu de uma cifra negativa de R$ 47 milhões para R$ 238 milhões positivos. Em 2016, o lucro líquido ajustado do IRB foi de R$ 836,1 milhões crescimento de 10,4% em relação ao reportado em 2015. O desempenho no comparativo, conforme explica a BB Seguridade, é explicado pela melhora de 3,6 p.p. no índice combinado, que mede a eficiência operacional das empresas de seguros. Neste caso, quanto menor, melhor. O volume de prêmios emitidos pelo IRB Brasil Re foi de R$ 965 milhões de outubro a dezembro, montante 9,13% menor em um ano, de R$ 1,062 bilhão. Em relação aos três meses anteriores, de R$ 1,041 bilhão, foi identificada retração de 7,30%. O IRB fechou dezembro com R$ 13,621 bilhões em ativos totais, cifra 6,1% menor em um ano e 3,2% inferior no comparativo com setembro. Seu patrimônio líquido foi a R$ 3,326 bilhões, aumento de 3,1% e 6,5%, respectivamente e na mesma base de comparação. O retorno do ressegurador (RSPL) atingiu 45,7% ao final de dezembro contra 25,3% um ano antes e 8,6% em setembro. O índice combinado do IRB foi a 72,1% ao final de dezembro, redução de 22,5 pontos porcentuais em um ano e de 37,2 p.p. em relação ao visto ao final de setembro. O indicador refletiu a melhora da sinistralidade, cujo índice diminuiu 32,3 p.p. e 49,4 p.p., respectivamente, para 37,5%. A BB Seguridade detém 20,43% do IRB Brasil Re. Bradesco Seguros também detém 20,43% e Itaú possui 15%. Formam, junto com a União que possui 27% do ressegurador, o bloco de controle da instituição. No ano passado, o IRB adiou seus planos de fazer uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) após não encontrar uma janela favorável e ainda falta de consenso entre seus acionistas. A abertura de capital do ressegurador, fundado em 1939 e que por 70 anos teve o monopólio do mercado, é tida como o último passo do seu processo de privatização. O IPO foi aprovado pelo conselho de desestatização da companhia e deve ocorrer até 2018.