O Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP) publicou em suas redes sociais uma nota em que comenta a declaração dada pelo participante Fred Nicácio, que é médico, no programa Big Brother Brasil (BBB23).

Numa conversa com outros participantes do reality, Nicácio disse que foi vítima de racismo quando atuava como fisioterapeuta. “Eu fui fisioterapeuta, vi um médico entubando e falei assim: ‘Eu queria fazer isso aí’. Uma enfermeira branca olhou para mim e falou: ‘Sai para lá, menino, isso aí é só pra médico’”, contou. “Sete anos depois, amor, eu voltei lá, e ela foi minha enfermeira. ‘É, tô aqui, doutor Fred Nicácio, e aí? Agora eu vou entubar, e você vai me ajudar’. Porque é assim que a gente trata racista”, concluiu o médico.

+ BBB 23: Recorde de anunciantes faz atração ultrapassar de R$ 1 bilhão

Assista a declaração:

O relato atingiu outro participante, Cezar Black, que atua como enfermeiro em UTI neonatal e relatou que sua classe sofre preconceito, principalmente por parte de médicos.

Enfermagem é profissão autônoma

A série de posts do Cofren-SP traz uma imagem com a frase “minha enfermeira” riscada e trazendo a expressão “minha colega de trabalho” em destaque, e ainda explica que “a enfermagem é uma profissão regulamentada e autônoma e não está subordinada a nenhuma outra, uma vez que todas as categorias da saúde têm atribuições devidamente estabelecidas”.

“A enfermagem não raro é vítima de comparações que a subalternizam o cuidado integrado e respeitoso das equipes multidisciplinares também como uma forma de valorização à categoria”, explicou a entidade. Veja as publicações: