O Sistema de Consórcios brasileiro comercializou 4,14 milhões de cotas no ano passado, o que fez com que 2023 encerrasse com 10,34 milhões de cotas ativas – 9,7% acima do ano anterior. Os dados constam no Panorama do Sistema de Consórcios (PSC), divulgado há pouco pelo Banco Central.

“Os principais indicadores apresentados demonstram a manutenção na tendência de expansão do Sistema de Consórcios, que acelerou ainda mais após superar os impactos causados pela pandemia de covid-19”, diz a autoridade monetária, no relatório de divulgação.

Os recursos coletados no ano passado totalizaram R$ 101 bilhões, um crescimento de 17,8% frente a 2022. O volume de recursos a coletar atingiu R$ 496,9 bilhões, uma alta de 24,9%, enquanto a carteira chegou a R$ 105,7 bilhões, um aumento de 15,5%.

A taxa de administração média do sistema, considerando apenas os grupos formados em 2023, foi de 17,95%, 0,28 ponto porcentual maior do que a de 2022. O índice de inadimplência recuou 0,61 ponto no período, para 2,54% no fim do ano passado.

A quantidade de cotas excluídas cresceu 9,5%, o que levou o índice de exclusão a manter-se estável em 48,9%. “Esse patamar ainda é considerado elevado, indicando que cerca de metade daqueles que adquirem uma cota de consórcio não conseguem adquirir o bem desejado”, diz o BC.

O volume de recursos não procurados no sistema cresceu 15%, para R$ 1,93 bilhão, mesmo com a devolução de R$ 1,45 bilhão via Sistema de Valores a Receber (SVR).

Ao todo, eram 136 administradoras de consórcios ativas em dezembro de 2023, cinco a menos do que no fim de 2022. Cinco Estados – São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Bahia e Rio Grande do Sul – concentravam mais da metade das cotas ativas.