O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central encerrou no início da noite desta quarta-feira, 20, mais uma reunião em que manteve a sequência de cortes da Selic em 0,50% pelo sexto mês seguido. A taxa básica de juros agora é de 10,75% ao ano. 

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Em seu comunicado, o BC encurtou sua indicação sobre cortes futuros ao afirmar que sua diretoria antevê cortes na mesma intensidade apenas na próxima reunião e não mais nas próximas reuniões, como vinha sinalizando. Com isso, deixou a porta aberta para cortes menores que 0,50 ponto percentual a partir de junho.

“Em função da elevação da incerteza e da consequente necessidade de maior flexibilidade na condução da política monetária, os membros do Comitê, unanimemente, optaram por comunicar que anteveem, em se confirmando o cenário esperado, redução de mesma magnitude na próxima reunião”, informou o Comitê de Política Monetária (Copom) em comunicado.

De acordo com o comunicado, o comitê avalia que essa é a condução apropriada para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário.

O corte de 0,50 ponto veio dentro do esperado pelo mercado. Nem mesmo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro fechando em 0,83%, acima das previsões, foi o suficiente para que o BC diminuísse o ritmo dos cortes, que vem acontecendo desde agosto do ano passado. 

Mesmo com o novo corte, o Brasil se mantém na 2ª colocação no ranking mundial de juros reais, abaixo somente do México, segundo levantamento da Infinity Asset Management com os 40 países mais relevantes do mercado de renda fixa mundial.