03/04/2017 - 14:36
O Índice de Basileia do Sistema Financeiro Nacional atingiu 17,2% em dezembro do ano passado, ante uma taxa de 16,5% verificada em junho do mesmo ano, de acordo com o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) divulgado nesta segunda-feira, 3, pelo Banco Central (BC). No fim de 2015, a taxa estava em 16,3%. O nível mínimo regulatório é de 11%.
O Índice de Basileia é um conceito internacional definido pelo Comitê de Basileia que recomenda uma relação mínima entre o Capital Base (Patrimônio de Referência – PR) e os riscos ponderados. O porcentual significa que, para cada R$ 100,00 que um banco empresta, é preciso ter R$ 11,00, levando-se em consideração o nível mínimo regulatório. No caso, ao fim do ano passado, as instituições brasileiras tinham R$ 17,20 para cada R$ 100,00 emprestados.
Já o Retorno Sobre Patrimônio Líquido (ROE) do sistema bancário voltou a cair no segundo semestre do ano passado, para 11,4% em dezembro, um recuo de 1,7 ponto porcentual ante o verificado em junho (13,1%). Em dezembro de 2015, o ROE estava em 15,5%.
De acordo com o BC, a manutenção da trajetória de queda no ROE decorre da redução do lucro líquido de bancos públicos e privados. Mas a autoridade monetária avalia que a rentabilidade das instituições financeiras deve apresentar sinais de estabilização em 2017, graças aos menores custos de captação, à atenuação da trajetória contracionista do crédito e ao controle mais eficiente das despesas administrativas.
“A queda observada na rentabilidade, considerada a perspectiva de estabilização macroeconômica, não representa preocupação para o sistema, haja vista os bons índices de solvência e a capacidade demonstrada pelo sistema de buscar fontes alternativas de receita”, avalia o Banco Central.