O Comitê de Política Monetária do Banco Central resolveu manter a taxa básica de juros em 10,50% ao ano, paralisando assim as seguidas quedas na Selic. A decisão já era esperada pelo mercado por conta de incertezas envolvendo a política fiscal. 

No comunicado, o BC afirmou que o ciclo de queda foi interrompido por conta do cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por “elevação das projeções de inflação”, sem dar maiores pistas das decisões que serão tomadas nas próximas reuniões.

+Com Selic mantida em 10,50%, como ficam os rendimentos da poupança, Tesouro Direto e CDB?

+Brasil segue como o país com o 2º maior juro real do mundo; veja ranking

“A conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento, ampliação da desancoragem das expectativas de inflação e um cenário global desafiador, demanda serenidade e moderação na condução da política monetária. A política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente em patamar que consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”, disse o comunicado.

A interrupção dos cortes na Selic vem após sete reduções consecutivas. O atual patamar da taxa básica de juros é o menor desde fevereiro de 2022, quando estava em 9,25% ao ano.

A decisão foi tomada por unanimidade. Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Ailton de Aquino Santos, Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Gabriel Muricca Galípolo, Otávio Ribeiro Damaso, Paulo Picchetti, Renato Dias de Brito Gomes e Rodrigo Alves Teixeira.