26/12/2024 - 6:00
O Banco Central (BC) vendeu na manhã desta quinta-feira, 26, a oferta integral de US$ 3 bilhões em um leilão à vista de dólares referenciado à taxa Ptax. O diferencial de corte do certame foi de 0,000100. Nove propostas foram aceitas.
Com essa intervenção, o Banco Central já despejou, desde o dia 12 de dezembro, US$ 19,760 bilhões em leilões à vista no mercado. É a maior injeção de recursos em um único mês da história do regime flutuante de câmbio, acima dos US$ 12,054 bilhões vendidos em março de 2020, durante a pandemia de covid-19.
+ Mercado eleva pela 6ª vez projeção para Selic em 2025 no Focus, a 14,75%
O leilão ocorre para tentar contar a subida do dólar, que na segunda-feira, 23, fechou em alta de 1,88% a R$ 6,18.
Na quinta e na sexta-feira passada, o dólar teve perdas firmes ante o real em meio ao andamento do pacote fiscal no Congresso, com o mercado reagindo ainda a declarações consideradas positivas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Mas na segunda os receios em torno do pacote voltaram a impactar tanto os DIs (Depósitos Interfinanceiros) quanto o câmbio, mesmo que não houvesse novidades no noticiário fiscal, já que o Congresso estará em recesso até fevereiro.
Na sexta-feira, 20, o BC dez dois leilões que somaram US$ 7 bilhões vendidos. Desde a quinta-feira, 12, foram US$ 27,77 bilhões colocados no mercado pelo banco, quando a autarquia passou a atuar diretamente para conter o rápido avanço da moeda norte-americana ante o real.