O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, destacou nesta sexta-feira que uma queda de 5,2% na arrecadação do ICMS estadual explica piora do resultado primário dos governos regionais em junho ante igual mês de 2022. No acumulado do primeiro semestre, a redução de receitas com ICMS chega a 10% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Os governos regionais (Estados e municípios) influenciaram negativamente o resultado das contas públicas com um déficit de R$ 927 milhões em junho. Enquanto os Estados registraram um superávit de R$ 2,645 bilhões, os municípios tiveram resultado negativo de R$ 3,573 bilhões. Em junho do ano passado, os governos regionais tiveram superávit de R$ 856 milhões.

No acumulado de 2023 até junho, os governos regionais apresentaram um superávit de R$ 25,291 bilhões (0,49% do PIB). No primeiro semestre de 2022, o resultado dos entes foi muito superior, positivo em R$ 70,498 bilhões.

“O superávit em 12 meses dos governos regionais até junho é o menor desde julho de 2020”, acrescentou Rocha. Os entes subnacionais apresentaram um saldo positivo de R$ 19,717 bilhões (0,19% do PIB) no período.