O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central encerrou no início da noite desta quarta-feira, 8,  a reunião em que anunciou um corte da Selic em 0,25%. A taxa básica de juros agora é de 10,50% ao ano.

Após seis cortes consecutivos em 0,50%, havia uma expectativa no Mercado por um corte menor levando em conta a situação das contas públicas, devido a suspensão do superávit fiscal em 2025 e o cenário externo. Votaram por uma redução de 0,25 ponto percentual os seguintes membros do Comitê: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Otávio Ribeiro Damaso e Renato Dias de Brito Gomes. Votaram por uma redução de 0,50 ponto percentual os seguintes membros: Ailton de Aquino Santos, Gabriel Muricca Galípolo, Paulo Picchetti e Rodrigo Alves Teixeira.

“O ambiente externo mostra-se mais adverso, em função da incerteza elevada e persistente referente ao início da flexibilização de política monetária nos Estados Unidos e à velocidade com que se observará a queda da inflação de forma sustentada em diversos países. Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho. O Comitê avalia que o cenário segue exigindo cautela por parte de países emergentes”, informou o Comitê de Política Monetária (Copom) em comunicado.

Mesmo com o novo corte, o Brasil se mantém na 2ª colocação no ranking mundial de juros reais, abaixo somente da Rússia, segundo levantamento da Infinity Asset Management com os 40 países mais relevantes do mercado de renda fixa mundial.

Em termos nominais, o país está na 6ª colocação, abaixo da Argentina, Turquia, Rússia, Colômbia e México e acima de África do Sul, Hungria e Chile.