O dirigente do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do BC da Eslováquia, Peter Kazimir, afirmou nesta segunda-feira, 30 de outubro, que uma alta adicional dos juros “pode acontecer, se os dados futuros nos forçarem a tomar esta decisão”. Para ele, não será possível dizer que o ciclo de aperto termina até março, quando o BCE terá passado por “dois marcos importantes”: projeções de analistas de dezembro deste ano e de março de 2024.

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“Por mais que eu queira que esse seja o fim do caminho de aperto monetário, os riscos de alta da inflação ainda não se dissiparam totalmente. Devemos nos manter vigilantes”, disse o dirigente, em comunicado.

Kazimir defendeu também que “apostas em cortes nos juros antes da metade de 2024 são completamente equivocadas”, argumentando que as taxas precisarão ser mantidas no pico por alguns trimestres.

Segundo ele, os riscos inflacionários persistem e as projeções de dezembro são necessárias para “obter uma confirmação de que o declínio nos preços é sustentável”, visto que uma grande parte dos efeitos do aperto monetário já realizado “ainda precisam ser transmitidos na economia real”.

Kazimir afirmou ainda esperar que os novos riscos envolvendo os conflitos no Oriente Médio “não se materializem”.