O Banco Central Europeu (BCE) decidiu aumentar em 900 milhões de euros em uma semana o limite dos empréstimos de emergência concedidos aos bancos gregos, sua última fonte de financiamento, anunciou o presidente da instituição, Mario Draghi.

“Hoje decidimos aumentar o ELA”, o acrônimo para os empréstimos de emergência que desde o final de junho estavam limitados a 89 bilhões de euros, indicou Draghi.

Segundo ele, o BCE ainda atua partindo do princípio de que a Grécia “é e continuará sendo um membro da zona do euro”.

Draghi afirmou ainda que é indiscutível a necessidade de aliviar o peso da dívida da Grécia, que representa cerca de 180% de seu PIB.

“Se um alívio da dívida é necessário”Isso é indiscutível”, declarou Draghi à imprensa em Frankfurt, sede do BCE.

“Qual é a melhor forma de fazer isso será o principal ponto de discussão nas reuniões nas próximas semanas entre a Grécia e seus credores”, acrescentou.

Ele garantiu que a Grécia pagará ao BCE e FMI.

Em Bruxellas, os ministros das Finanças da zona do euro deram nesta quinta-feira sua aprovação à negociação de um terceiro programa de resgate à Grécia, depois que o parlamento grego adotou, na véspera, a primeira série de medidas que seus credores exigiam.

“O Eurogrupo celebra a adoção pelo parlamento grego de todos os compromissos especificados na Eurocúpula de 12 de julho”, indicou o grupo que reúne os 19 ministros das Finanças da zona do euro em um comunicado.

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