O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) inaugurou sua assembleia anual nesta quinta-feira (16) no Panamá, em meio à crise no sistema bancário dos Estados Unidos e da Europa.

“A agenda dos próximos dias abrange vários temas importantes e prioritários” para a América Latina e o Caribe, como o combate à pobreza e à mudança climática, disse o novo presidente da instituição, o brasileiro Ilan Goldfajn, no discurso de abertura.

A assembleia, que reúne gestores financeiros de todo o continente, começou poucos dias depois da quebra do Silicon Valley Bank (SVB) e de outras duas instituições financeiras nos EUA, e da instabilidade no Credit Suisse, na Suíça.

Goldfajn não mencionou a crise no sistema bancário, mas, ao chegar ao Panamá, na quarta-feira (15), comentou que assuntos relacionados à “conjuntura” certamente serão abordados no encontro que reúne ministros da Fazenda e dirigentes dos 48 países que integram o BID.

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Estes gestores terão uma série de reuniões a portas fechadas no sábado e domingo (18 e 19), após dois dias de palestras com especialistas sobre o combate à pobreza e à mudança climática, o desenvolvimento sustentável e colaboração público-privada, entre outros tópicos.

“A agenda dos próximos dias abrange vários temas importantes e prioritários para a América Latina e o Caribe, como o combate à pobreza e à mudança climática”, disse o novo presidente da instituição, o brasileiro Ilan Goldfajn, no discurso de abertura.

A assembleia ocorre pela primeira vez desde 2019, devido à pandemia do coronavírus.

Criado em 1959, com sede em Washington, o BID é uma das principais fontes de financiamento no longo prazo para a América Latina e o Caribe.

O Grupo BID é formado pelo banco BID Invest, que colabora com o setor privado, e o BID Lab, que experimenta formas inovadoras de impulsionar um crescimento mais inclusivo.

Instabilidades bancárias pelo mundo:

Após o colapso do SVB provocar a intervenção do Fed no banco norte-americano e gerar grandes instabilidades no setor bancário por todo o mundo, a Credit Suisse foi a nova instituição a causar problemas no setor.

Assim como ocorreu nos EUA, no entanto, as autoridades suíças correram para socorrer o Credit Suisse, mas foram além e deram praticamente um cheque em branco ao banco a chance de ressuscitar de um colapso quase completo da confiança que abalou os mercados globais.

A empresa acabou desencadeando uma nova onda de venda de ações bancárias em Wall Street, mesmo com o governo suíço estava debatendo opções para estabilizar o gigante bancário do país.