Por Alexandra Alper

WASHINGTON (Reuters) – O governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, adicionou nesta quinta-feira a fabricante de chips de memória YMTC e 21 empresas da indústria chinesa de chips de inteligência artificial a uma lista de restrição comercial, ampliando a repressão à indústria de chips da China.

A YMTC, há muito tempo na mira do governo norte-americano, foi adicionada à lista por temores de que poderia desviar tecnologia norte-americana para Huawei e Hikvision. A decisão, apresentada no Registro Federal dos EUA, impedirá os fornecedores da YMTC de enviar mercadorias dos Estados Unidos para a empresa sem uma licença difícil de obter.

As 21 empresas chinesas de chips de inteligência artificial adicionadas à lista, que incluem Cambricon Technologies e CETC, enfrentam uma penalidade ainda mais dura, com o governo norte-americano bloqueando o acesso à tecnologia feita em qualquer lugar do mundo com equipamentos dos Estados Unidos.

Enquanto o governo chinês busca remover as barreiras entre seus setores militar e civil, “os interesses de segurança nacional dos Estados Unidos exigem que ajamos de forma decisiva para negar o acesso a tecnologias avançadas”, disse a secretária adjunta de Comércio para Administração de Exportação, Thea Kendler, em comunicado.

YMTC, Cambricon e CETC não responderam imediatamente a pedidos de comentários.

Na quinta-feira, o Departamento de Comércio também atingiu nove empresas chinesas por supostamente buscarem apoiar a modernização militar da China, incluindo a Shanghai Micro Electronics Equipment(SMEE), a única empresa de litografia da China. No total, 35 empresas chinesas foram adicionadas à lista de restrição comercial dos Estados Unidos, junto com uma subsidiária japonesa da YMTC. O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, elogiou a imposição das novas penalidades à YMTC. “A YMTC representa uma ameaça imediata à nossa segurança nacional, então o governo Biden precisava agir rapidamente para evitar que a empresa ganhasse até mesmo uma polegada de vantagem militar ou econômica”, disse ele em um comunicado.

(Por Alexandra Alper; reportagem adicional de David Shepardson e Doina Chiacu)

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