EL PASO, Texas/WASHINGTON (Reuters) – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse neste domingo que a situação no Brasil é “ultrajante” depois que os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram o Congresso, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que derrotou Bolsonaro ano passado na eleição presidencial mais tensa em uma geração, anunciou uma intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal até 31 de janeiro, depois que as forças de segurança da capital foram inicialmente dominadas pelos invasores.

O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, disse que os Estados Unidos condenam qualquer esforço para minar a democracia no Brasil.

“O presidente Biden está acompanhando a situação de perto e nosso apoio às instituições democráticas do Brasil é inabalável. A democracia do Brasil não será abalada pela violência”, disse Sullivan no Twitter.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse no Twitter que os Estados Unidos se juntam a Lula para pedir o fim imediato dos ataques.

A violência ecoa a invasão do Capitólio, prédio onde fica a sede do Congresso dos EUA, dois anos atrás por apoiadores do ex-presidente norte-americano Donald Trump.

“Condeno este ataque ultrajante aos edifícios do governo do #Brasil incitado pelo desrespeito imprudente do demagogo Bolsonaro aos princípios democráticos”, disse o senador Bob Menendez, presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado norte-americano, no Twitter.

“2 anos desde 6 de janeiro, o legado de Trump continua a envenenar nosso hemisfério. Proteger a democracia e responsabilizar os atores malignos é essencial.”

(Reportagem de Daphne Psaledakis e David Shepardson em Washington e Jarrett Renshaw em El Paso, Texas)

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