08/12/2020 - 18:57
O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, nomeou nesta terça-feira (8) o general aposentado do Exército, Lloyd Austin, como Secretário de Defesa, que se confirmado pelo Senado se tornará o primeiro afro-americano a liderar o Pentágono.
“Ao longo de sua vida de serviço dedicado e nas muitas horas que passamos juntos na Sala de Crise da Casa Branca e com nossas tropas no exterior, o general Austin demonstrou liderança, personalidade e comando exemplares”, Biden disse em um comunicado.
“Ele é o único qualificado para enfrentar os desafios e crises que vivemos atualmente”, acrescentou Biden sobre Austin, de 67 anos.
“Uma personalidade brilhante e respeitada, uma figura pioneira na história do Exército dos Estados Unidos, o secretário designado Austin se aposentou do Exército em 2016, após mais de 40 anos de serviço na defesa dos Estados Unidos”, disse o comunicado.
Vários meios de comunicação dos EUA anunciaram na noite de segunda-feira que Biden finalmente decidiu por este general do exército aposentado, que lutou no Iraque e no Afeganistão antes de se tornar o primeiro negro a liderar o Comando Central do Exército (Centcom).
Biden, que assumirá o cargo em 20 de janeiro, trabalhou com ele como vice-presidente, especialmente quando supervisionou a implementação da decisão de Barack Obama de retirar 50.000 soldados americanos do Iraque em 2011.
Se confirmado no Senado, o ex-general será o primeiro afro-americano a comandar o principal exército do mundo, no qual a população negra está fortemente representada.
No entanto, sua confirmação não é certa. Alguns membros do Congresso e especialistas em segurança nacional se manifestaram contra sua nomeação, observando que sua aposentadoria ocorreu há menos de sete anos.
E o Congresso dos Estados Unidos, que mantém o controle civil sobre os militares, adotou um regulamento que determina que um ex-militar deve ter passado mais de sete anos aposentado para se tornar Secretário de Defesa.
Como este regulamento não seria respeitado com Austin, o Congresso deve conceder-lhe uma dispensa. Isso já aconteceu em 2016 com Jim Mattis, mas sob protestos.