Por Trevor Hunnicutt

WASHINGTON (Reuters) – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sancionou neste sábado a primeira grande reforma legislativa federal que limita o acesso a armas no país em três décadas, dias após uma decisão da Suprema Corte ampliar os direitos dos proprietários de armas de fogo, que o mandatário condenou.

“Se Deus quiser, isso irá salvar muitas vidas”, disse Biden na Casa Branca depois de assinar o projeto de lei ao lado de sua esposa, Jill.

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O projeto de lei bipartidário foi elaborado apenas algumas semanas após os ataques a arma em Uvalde e em Buffalo que mataram mais de 30 pessoas, incluindo 19 crianças em uma escola primária.

A lei inclui disposições para ajudar os Estados a manter as armas fora de alcance daqueles considerados perigosos para si mesmos ou para outros.

A reforma ocorreu na mesma semana em que a Suprema Corte expandiu os direitos dos proprietários de armas, argumentando na quinta-feira pela primeira vez que a Constituição dos EUA protege a competência de um indivíduo portar uma arma em público para autodefesa.

“A Suprema Corte tomou algumas decisões terríveis”, disse Biden a repórteres após essa decisão, e uma outra na sexta-feira que eliminou o direito ao aborto em todo o país.

A regulamentação do acesso às armas tem sido uma questão divisiva no país, com várias tentativas de colocar novas restrições sobre as vendas de armas dando errado repetidas vezes.