31/08/2017 - 17:22
A 18º edição da Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro começa hoje (31), no RioCentro, na zona oeste, e vai até o dia 10 de setembro, na capital fluminense.
Os organizadores prometem uma programação 40% maior do que a edição anterior, em 2015, com destaque para a literatura nacional. A expectativa é receber um público de cerca de 700 mil pessoas durante os 11 dias do evento.
São esperados 330 autores, sendo a maioria, brasileiros. Estarão lá Mauricio de Sousa, Ana Maria Machado, Thalita Rebouças e Frei Betto. Eles vão participar de mais de 350 horas de atividades de incentivo à leitura e bate-papos, nos espaços batizados de Café Literário, Espaço Jovem, Encontro com autores & Conexão Jovem.
O evento também tentará resgatar a literatura como negócio. O presidente do Sindicato Nacional de Editores de Livros (SNEL), Marcos Pereira, revelou, na abertura da bienal, uma queda “drástica” no número de leitores no país.
“A indústria editorial vive um dos momentos mais dramáticos na sua história. Entre 2015 e 2016, a venda de livros caiu 20%, significando 50 milhões de exemplares a menos nas mãos dos leitores”, disse. Nas contas do sindicato, o Brasil é o país latino-americano com o menor número de livros e de livrarias por pessoa.
Público-alvo: jovens e crianças
Outra novidade neste ano é a tenda para os nerds, chamada Geek & Quadrinhos. O local acolherá bate-papos, atividades com realidade aumentada, cosplay, games e jogos de tabuleiro. A ideia é ser uma área livre para a cultura nerd, inédita em uma bienal do livro.
Outro espaço para adolescentes e adultos é o Arena#SemFiltro. O local receberá autores que interagem com leitores por redes sociais e pretende trazer ícones de várias gerações, como Sophia Abrão, Lelezinha e Fernand Young, além de Tico Santa Cruz e Helio de La Penã.
A conquista do público jovem é uma das intenções da bienal, que terá intensa programação infantojuvenil. Atualmente, o segmento corresponde por dois a cada dez livros vendidos no país.
“Não se nasce leitor, torna-se. Tudo é construção”, disse a escritora e jornalista Bianca Ramoneda, parafraseando a feminista Simone de Beauvoir, na abertura do evento.
Apesar do foco nacional, fãs de literatura estrangeira também podem encontrar seus ídolos. São 11 os autores de best-sellers internacionais que participarão de debates e sessões de autógrafos. Entre eles, a britância Paula Hawkins, autora de A garota do trem, as norte-americanas Karin Slaughter, que escreveu Cega, e Victoria Schwab, de Um tom mais escuro de magia. A portuguesa Sofia da Silva divulgará seu livro Sorrisos Quebrados e a australiana Leisa Rayven vem lançar Mister Romance, primeiro volume de uma nova série.
A feira abre espaço ainda para quem trabalha com literatura, por meio do Encontro Internacional de Profissionais do Livro e o Fórum de Educação, em parceria com outras instituições.
A entrada da Bienal custa R$ 24, a inteira, e R$ 12 a meia, para estudantes e idosos. Professores, bibliotecários, autores e profissionais do livro têm entrada gratuita. Os ingressos podem ser comprados no local ou pela internet, no site www.bienaldolivro.com.br.
*Colaboraram Joana Moscatelli e Tâmara Freire, repórteres do Radiojornalismo