Por Alasdair Pal

NOVA DÉLHI (Reuters) – Pelo menos cinco iates de propriedade de bilionários russos estavam ancorados ou navegando nesta quarta-feira nas Maldivas, uma nação insular do Oceano Índico que não tem tratado de extradição com os Estados Unidos, mostraram dados de rastreamento de embarcações.

A chegada das embarcações ao arquipélago na costa do Sri Lanka ocorre após imposição de severas sanções ocidentais à Rússia em represália à invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro.

Ucrânia pede ao papa que fale com Putin sobre corredores humanitários

O iate Clio, de propriedade de Oleg Deripaska, fundador da gigante do alumínio Rusal, que foi sancionada pelos Estados Unidos em 2018, ancorou na capital Malé nesta quarta-feira, de acordo com o banco de dados MarineTraffic.

O Titan, de Alexander Abramov, cofundador da produtora de aço Evraz, chegou em 28 de fevereiro.

Três outros iates pertencentes a bilionários russos foram vistos navegando nas águas das Maldivas nesta quarta-feira, mostraram os dados, incluindo o Nirvana, de 88 metros, de propriedade do homem mais rico da Rússia, Vladimir Potanin. A maioria das embarcações foi vista pela última vez ancorada em portos do Oriente Médio no início do ano.

Um porta-voz do governo das Maldivas não respondeu a um pedido de comentário.

Os Estados Unidos disseram que tomarão medidas rigorosas para confiscar propriedades de russos sancionados.

“Na próxima semana, lançaremos uma força-tarefa transatlântica multilateral para identificar, caçar e congelar os ativos de empresas e oligarcas russos sancionados – seus iates, suas mansões e quaisquer outros ganhos ilícitos que possamos encontrar e congelar sob a lei”, disse a Casa Branca em um tuíte no domingo.

tagreuters.com2022binary_LYNXMPEI210RN-BASEIMAGE