20/05/2025 - 18:57
O Bitcoin retornou neste mês de maio aos US$ 100 mil depois de um pouco mais de três meses abaixo deste nível. A criptomoeda reagiu positivamente ao acordo dos Estados Unidos com o Reino Unido, ao avanço das conversas dos norte-americanos com a China e à decisão do Federal Reserve (FED, o Banco Central dos EUA) de manter o patamar da taxa de juros.
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Para especialistas, a criptomoeda tem se fortalecido na imagem do investidor ao longo do tempo como alternativa para momentos de volatilidade.
“É provável que grande parte do impulso recente tenha vindo de uma mudança no pensamento global em relação ao Bitcoin como uma reserva de valor. As economias e moedas locais foram expostas à inflação e ao desemprego e as ações tradicionais sofreram volatilidade e quedas acentuadas este ano”, comenta Sebastián Serrano, CEO e cofundador da Ripio.
Para Ruam Oliveira, especialista em investimentos CEA e planejador financeiro, um dos principais atrativos da criptomoeda é a baixa relação com medidas governamentais.
“Os acontecimentos nos EUA, incluindo a guerra comercial com a China, têm impactado diretamente a adoção do Bitcoin, atraindo novos adeptos que se sentem cada vez mais atraídos pela narrativa de que o ativo é imune à interferência estatal. Por um lado, o mercado tem demonstrado um cenário de crescente instabilidade em suas moedas, e o Bitcoin surge como uma alternativa, com a promessa de ser um ativo sem a influência direta do Estado”, diz.
Para onde vai o Bitcoin?
A volta ao patamar dos US$ 100 mil era esperada pelos analistas, mas o rumo que o Bitcoin deve tomar nos próximos meses ainda é incerto. Serrano acredita que o Bitcoin deve se tornar ainda mais importante a medida que empresas e países passam a adotar a cripto e que os Estados Unidos avançam na criação de uma reserva estratégica do ativo. Veja cotações.
Para o CEO e cofundador da Ripio, “o combo é muito estimulante, pois sinaliza que estamos diante de uma mudança de época, e neste novo período o Bitcoin será cada vez mais importante”, analisa.
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