O bitcoin é negociado em forte queda nesta sexta-feira, 21, despencando para mínimas em vários meses, com as criptomoedas sendo arrastadas por uma fuga generalizada de ativos considerados mais arriscados, à medida que investidores seguem preocupados com as altas avaliações das empresas de tecnologia e com a redução das apostas em cortes de juros nos EUA no curto prazo.

Às 11h, o bitcoin caía 3,07%, a US$ 83.918. Perto das 9h30, chegou a bater US$ 80.708.

+ Veja cotações

As criptomoedas são frequentemente vistas como um barômetro do apetite ao risco e sua queda destaca o quão frágil o humor nos mercados se tornou nos últimos dias.

Nesta semana, o bitcoin caiu abaixo de US$ 90 mil pela primeira vez em sete meses.

O derretimento do Bitcoin ocorre após uma trajetória excepcional neste ano, que o impulsionou a um recorde histórico acima de US$ 120.000 em outubro, impulsionado por mudanças regulatórias favoráveis ​​aos criptoativos em todo o mundo.

“Se isso estiver refletindo o sentimento de risco como um todo, as coisas podem começar a ficar muito, muito feias, e essa é a preocupação agora”, disse o analista de mercado Tony Sycamore, da IG, sobre a queda do bitcoin.

De acordo com a empresa de monitoramento de mercado CoinGecko, cerca de US$ 1,2 trilhão foram perdidos em valor de mercado de todas as criptomoedas nas últimas seis semanas.

Analistas dizem que o mercado continua marcado por uma queda recorde em um único dia no mês passado, que resultou na liquidação de mais de US$19 bilhões em posições.

“O mercado parece um pouco desestabilizado, um pouco fragmentado, um pouco quebrado, na verdade, desde que tivemos aquela queda acentuada”, disse Sycamore.

Desde então, o bitcoin apagou todos os seus ganhos acumulados no ano e agora está com uma queda de 12% em 2025, enquanto o ether perdeu quase 19%.

O analista Alex Saunders, do Citi, afirmou que US$ 80.000 seria um nível importante, pois está próximo da média de reservas de bitcoin em ETFs.