A onda de vendas do bitcoin no segundo trimestre provocou um buraco no argumento de que esperam força da critpmoeda altamente especulativa. O ativo digital caiu 41% no segundo trimestre, de acordo com a Dow Jones Market Data. Essa foi a pior queda desde o declínio de 43% no quarto trimestre de 2018, e a quarta pior queda na história de mais de uma década do bitcoin.

A queda do bitcoin não simboliza um colapso generalizado: o índice acionário S&P 500 subiu 8,2% e o Nasdaq subiu 9,5%, enquanto o petróleo WTI subiu 24% e o ouro – ativo com o qual muitos “bitcoiners” comparam a moeda digital – subiu 3,3%. Mas ao longo do trimestre, houve uma série de questionamentos sobre o frenesi especulativo do bitcoin, seu gasto de energia e seus riscos. A China reprimiu o setor e reguladores de vários países também levantaram questões. Elon Musk tuitou.

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“Podemos dizer com certeza absoluta que o hype deixou o mercado”, disse Mati Greenspan, que escreve o boletim informativo Quantum Economics.

Isso é mais impactante para o bitcoin do que para certos ativos, já que o valor da criptomoeda é impulsionado principalmente pela especulação. Isso pode ser visto também no mercado futuro, onde há atualmente US$ 11 bilhões em contratos abertos, de acordo com o site bybt.com, muito abaixo do pico de US$ 28 bilhões de 13 de abril. As apostas na queda versus as de alta pendem para as primeiras: na quinta-feira, estavam em cerca de 53% para quedas e em 44% para altas na cotação.

A atividade geral na rede bitcoin caiu no mês passado. O número de endereços ativos – o código alfanumérico usado para mover bitcoins de ou para uma carteira – caiu de um pico de cerca de 1,4 milhão em 15 de abril para apenas cerca de 500 mil em 27 de junho, de acordo com dados da empresa de pesquisas Glassnode.

Esse é o nível mais baixo desde o início de 2019. O preço da moeda hoje está em torno de US$ 30 mil – em comparação, no início de 2021 ela chegou a ser negociada a quase US$ 64 mil.