No período de quinta-feira (23), às 00h, até ontem (26), às 17h59, o e-commerce brasileiro registrou mais de R$ 4,9 bilhões em transações na Black Friday, com um ticket médio de R$ 645,64 – 1,7% maior do que em 2022. No entanto, em comparação ao último ano, esse faturamento teve queda de 14,4%. Houve também uma redução no volume de pedidos, que atingiu 7,6 milhões, 15,5% menor que o mesmo período do ano passado. Os dados são da plataforma Hora a Hora, da Confi/Neotrust, empresa de inteligência de dados, em parceria com a ClearSale.

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No âmbito das fraudes, o período sofreu 28,5 mil tentativas de ações fraudulentas, representando em valores aproximadamente R$ 41 milhões, cerca de 20% a menos na comparação com o ano anterior. O ticket médio das tentativas foi de 1.383,66. No sábado (25), as categorias mais impactadas pelas ações dos golpistas foram: bebidas (1,5%), joias (1,3%), petshop e supermercados (1,2%), e, por último, ferramentas (1%).

“Ainda que os percentuais de fraude apresentem queda, é importante destacar que essa redução não significa uma diminuição nas tentativas, apenas reforçam um aumento representativo nos pedidos bons. Os números continuam altos, e os fraudadores encontram cada vez mais caminhos para aplicar golpes. A precaução ainda é a chave para um consumo seguro, e isso inclui não negligenciar os cuidados básicos sobretudo neste final de semana de grandes ofertas”, alerta o superintendente comercial da ClearSale, Matheus Manssur.

Ainda segundo o levantamento da plataforma Hora a Hora, no TOP 3 produtos mais vendidos no período estão: eletrodomésticos (20,8%), eletrônicos (15,5%) e telefonia (11,8%). Já os meios de pagamento mais utilizados no e-commerce foram: cartão de crédito (56,2%), pagamentos via PIX (30,6%), boleto bancário (8,3%) e outros, categorizados por modelos como e-walletcashback, débito e vales (5,1%).

Em relação ao parcelamento, 29% optam por dividir suas compras em apenas uma vez, ou seja, pagamento à vista.

Já 23% preferem parcelar de 7 a 12 vezes. Outros 19% dividem suas compras em 4 a 6 parcelas. E 15% dividem em 3 parcelas. Duas parcelas correspondem a 14%

Na distribuição de gênero, as mulheres lideram as compras na Black Friday, representando 59,3% dos consumidores. A faixa etária com idade entre 36 e 50 anos representam a maior parcela das compras (35,3%), seguida de perfis com idade entre 26 e 35 anos (33,2%). Consumidores com até 25 anos representaram 16,6% dos que fizeram compras no auge das promoções. Acima de 51 anos representam 15% das compras.

Categorias de Produtos

Eletrodomésticos lideram em número de pedidos e faturamento: 20,7% do total comercializado. Foram 501 mil pedidos e R$ 1 bilhão em faturamento: queda de 4,1% no faturamento.

Em seguida, eletrônicos com 15,4% do total comercializado. Foram 440 mil pedidos e R$ 767 milhões em faturamento: queda de 16,3% no faturamento.

Logo após, telefonia com 11,7% de participação. Foram 309 mil pedidos e R$ 587 milhões em faturamento: queda de 33,2% no faturamento.

E por fim, moda e acessórios com 7,3% do total comercializado. Foram 1 milhão pedidos e R$ 362 milhões em faturamento: queda de 7,2% no faturamento.

“Embora inicialmente contássemos com um crescimento moderado para este ano, respaldado pelos indicadores macroeconômicos em ascensão e pelo aumento no índice de confiança do consumidor, nos deparamos com uma reversão significativa devido à notável queda nas categorias de telefonia, TVs e informática”, analisa o Head de Vendas da Neotrust, Luís Otavio Cambraia.

“Esse declínio foi particularmente expressivo, uma vez que o setor de telefonia representa 10% do total de vendas no comércio eletrônico brasileiro. Além disso, a própria racionalidade do varejo em buscar melhores margens, também contribuiu para melhor atribuição tanto em mídia como nas ofertas”, finaliza.