Por Ross Kerber

(Reuters) – A BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, disse na quinta-feira que retomou o relacionamento com os líderes das empresas de seu portfólio, após analisar novas orientações da Securities and Exchange Commission (SEC, órgão que regula o mercado de capitais nos Estados Unidos).

Em um comunicado enviado por um representante, a BlackRock confirmou que havia interrompido temporariamente esse relacionamento enquanto avaliava as orientações, mas agora retomou o engajamento “stewardship”.

Em novos materiais publicados em seu site na semana passada, a SEC exigiu mais divulgações de empresas de fundos quando elas pressionam empresas de portfólio sobre certas questões ambientais, sociais ou de governança (ESG).

A medida da SEC, agora liderada por um indicado do presidente dos EUA, Donald Trump, é vista como uma forma de dar aos líderes corporativos mais poder sobre os investidores em questões que vão desde temas climáticos até de governança, como remuneração de executivos ou estrutura do conselho.

A BlackRock, que administra cerca de US$11,6 trilhões em ativos e é conhecida por seus fundos passivos e ETFs, concentrou a atenção em questões de ESG com implicações financeiras. Nos últimos anos, no entanto, ela se afastou do apoio a resoluções de acionistas focadas em ESG, chamando muitas de desnecessárias.

No comunicado, a BlackRock disse que “não usa o engajamento como forma de controlar empresas de capital aberto”. A empresa de Nova York também disse: “estamos cumprindo as novas exigências, inclusive destacando nosso papel como investidor ‘passivo’ no início de cada engajamento”.

(Reportagem de Ross Kerber)