05/11/2021 - 14:29
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, prometeu nesta sexta-feira (5) “investigar minuciosamente” a chamada “síndrome de Havana”, que de acordo com alguns especialistas pode ser causada por ataques de microondas russos.
Para garantir aos diplomatas norte-americanos que o governo está levando a sério a intrigante aflição, Blinken nomeou duas figuras importantes para liderar a resposta do Departamento de Estado.
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Os casos da síndrome de Havana, oficialmente chamados de incidentes de saúde anômalos (AHIs), apareceram pela primeira vez em 2016 na capital cubana, quando diplomatas americanos e canadenses reclamaram de fortes dores de cabeça, náuseas e possíveis danos cerebrais após exposição a sons agudos.
Desde então, o número de autoridades diplomáticas e de inteligência americanas relatando experiências semelhantes em países como China, Áustria, Colômbia e Rússia subiu para algumas centenas.
“Todos no governo dos Estados Unidos, especialmente o Departamento de Estado, estão intensamente focados em descobrir o que e quem está causando esses incidentes, cuidar dos afetados e proteger nosso povo”, disse Blinken.
O Departamento de Estado implementou o tratamento das pessoas afetadas na Universidade Johns Hopkins e coletou dados básicos de diplomatas para usar na análise dos casos relatados.
Blinken nomeou Jonathan Moore para coordenar a resposta geral e Margaret Uyehara para garantir que qualquer pessoa que relate os sintomas receba cuidados médicos completos.
Também observou que a chancelaria está implementando novas tecnologias em embaixadas e missões para ajudar a avaliar e proteger o pessoal de ameaças que podem estar relacionadas a casos de “síndrome de Havana”.
“Estamos aproveitando toda a capacidade de nossa comunidade de inteligência. Estamos recrutando as melhores mentes científicas dentro e fora do governo” para entender o problema, disse.
Mas alguns cientistas expressam dúvidas sobre a teoria dos ataques russos, dizendo que não existe uma única aflição ou causa para os casos relatados.
Outros argumentam que os casos se devem a um fenômeno psicogênico pelo qual as pessoas começam a se sentir mal após saber de uma ameaça à saúde.