Candidato a Vilão do Ano em 2019, os deepfake vídeos já entraram na mira de empresas de segurança tecnológica. A briga não será fácil. Com a sofisticação de softwares de manipulação tornou-se tarefa simples a alteração de vídeos, provas incontestes até em tribunais. Inserir o rosto de alguém e corrigir luz e som de maneira que pareça autêntico podem ser feitos numa garagem. Um dos caminhos para combater deepfake vídeos será o blockchain. A empresa Amber criou uma ferramenta a ser executada em segundo plano num dispositivo (o celular ou uma câmera) enquanto se captura o vídeo. Em intervalos regulares são gerados hashes – representações criptográficas que garantem autenticidade de um arquivo – que depois são gravadas em um blockchain. Se você executar o vídeo com os códigos os hashes devem permanecer inalterados. Caso não, deve ter sido manipulado. “É uma questão binária: o hash combina ou não”, diz o CEO da Amber, Shamir Allibhai.

(Nota publicada na Edição 1108 da Revista Dinheiro)