A Bluesky, uma rede social que tem a proposta de ser descentralizada, anunciou que alcançou a marca de 1 milhão de usuários. A plataforma, fundada pelo ex-CEO do Twitter Jack Dorsey e pela especialista em redes sociais descentralizadas Jay Graber, é acessada exclusivamente por quem recebe um convite.

Com o protocolo de descentralização, é possível, por meio do aplicativo, interagir com outras redes sociais por conta de um padrão aberto. Cada rede social que usa o protocolo é um “aplicativo”. O protocolo não usa tecnologia blockchain.

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A solução criada por Dorsey e Graber surgiu da dificuldade das redes sociais conhecidas em combater a disseminação de desinformações e discursos de ódio. O desenvolvimento de novas tecnologias com soluções descentralizadas de hospedagem e governança, como a web 3.0 e o blockchain, inspirou os executivos.

O trabalho de criação da nova rede resultou na adoção do Autheticated Transport Protocol (AT Protocol), um novo protocolo que permite a comunicação entre redes sociais diferentes e cria um universo federado de servidores individuais.

O funcionamento do Bluesky se assemelha ao protocolo ActivityPub, que alimenta o Mastodon, e tem atraído interesse de outras ferramentas, como o Flipboard e o Tumblr.

A Bluesky é semelhante ao Twitter, com a publicação de posts curtos (até 300 caracteres) e opções para curtir, comentar e repostar. Já as publicações são apresentadas em duas linhas do tempo: uma algorítmica (“Discover”) e outra dos perfis que você segue (“Following”).

Por enquanto, a rede social pode ser acessada pela web ou através dos aplicativos para Android ou iOS. O usuário interessado em entrar na rede também pode se inscrever para uma vaga de testes. A companhia não tem previsão de abrir o acesso à plataforma de forma livre.

Neste ano, a BlueSky ganhou reconhecimento, principalmente dos usuários do X, antigo Twitter, que se mostravam insatisfeitos com a aquisição da rede do passarinho azul pelo empresário Elon Musk.