13/05/2016 - 15:34
A BM&FBovespa segue exercendo um trabalho de disciplina nas despesas da companhia, “o que permitiu que essa linha ficasse bem abaixo das inflação no período”, disse o diretor executivo financeiro, corporativo e de Relações com Investidores, Daniel Sonder.
Segundo ele, a alavancagem operacional da companhia, que significa que as receitas crescem em ritmo muito mais acelerado do que as despesas, mostra a resiliência do modelo de negócios, mesmo em ambiente mais difícil para a economia.
As despesas ajustadas da BM&FBovespa no primeiro trimestre deste ano ficaram em R$ 144,3 milhões, aumento de 4,1% na relação anual e queda de 15,3% na comparação trimestral. Para o ano, a Bolsa estima que as despesas ajustadas ficarão no intervalo de R$ 640 milhões a R$ 670 milhões.
ETF
O diretor Executivo de produtos da BM&FBovespa, Eduardo Guardia, disse que agora o mercado brasileiro já possui um marco regulatório para lançamento do primeiro fundo de índice (ETF, na sigla em inglês), após a publicação de portaria e de instrução normativa.
“Temos uma expectativa muito alta em relação a esse produto e estamos entusiasmados com a parceria com os gestores”, disse Guardia.
Do ponto de vista tecnológico, o executivo afirma que a Bolsa está preparada para o lançamento, mas que não há uma previsão de quando o primeiro ETF de renda fixa será lançado. Segundo ele, há neste momento três gestores interessados.
Em janeiro, a Bolsa brasileira lançou um novo índice, fruto da parceria firmada no ano passado com a S&P Dow Jones Indices (S&P DJI), o Índice S&P/BM&F Inflação NTN-B, que acompanha o desempenho dos papéis de maior liquidez indexados ao IPCA (NTN-B) emitidos pelo Tesouro Nacional. Esse índice é uma alternativa para os gestores na criação de produtos referenciados ao novo índice, especificamente o ETF de Renda Fixa.
Hoje há 14 ETFs negociados na Bolsa brasileira, todos atrelados a índices de renda variável. O com mais liquidez é o BOVA11, atrelado ao Ibovespa. O patrimônio líquidos dos ETFs disponíveis hoje para negociação no Brasil é de R$ 4,65 bilhões, com uma negociação média diária de R$ 211,5 milhões, considerando os dados de abril deste ano. Atualmente, são quatro gestores desses ETFs: Itaú, Caixa, Banco do Brasil e BlackRock.