O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, informou que a reestruturação da diretoria do banco foi aprovada na segunda-feira, 19, para implantar o plano estratégico com visão para 2035, lançado nesta terça-feira, 20, oficialmente no evento Visão 2035: Desenvolvido, na sede do banco, no Rio.

Ele informou que a área de desestatização do banco agora ficará dentro da BNDESPar, braço de investimentos do BNDES, e a cargo do diretor Ricardo Ramos (ex-administração e comércio exterior).

“Na nova BNDESPar ficará uma área de desestatização e mercado de capitais”, explicou Rabello, lembrando que a área de desestatização havia sido vinculada à presidência do BNDES pela ex-presidente Maria Silvia Bastos Marques. “A Eliane Lustosa vai para estratégia e planejamento e o Carlos da Costa vai para a indústria”, informou.

Outra grande mudança é a diretoria de Originação e Operações, que vai ser dirigida pela Claudia Prates, que antes era da indústria. A área de operações é responsável pela velocidade de execuções do banco. “Vamos ter o conceito de originação de negócios, que não tinha no banco”, disse Rabello, informando que mesmo com a nova diretoria não haverá número adicional de diretorias, porque a de administração foi extinta. “Virou a diretoria de operações, que detém a área de crédito”, explicou.

Outra diretoria será especializada em assuntos digitais. Para isso Rabello convocou o diretor de Informática do IBGE, José Bevilacqua, que ainda não deixou o cargo no outro órgão estatal.

A nova estrutura passou a valer a partir de ontem, mas a implantação de alguns departamentos e gerências deve durar até meados de abril. “O objetivo é que ele fica mais funcionalizado, preparado para responder com mais velocidade e mais eficiência a demanda por investimentos”, observou Rabello. (- denise.luna@estadao.com)

Convênio com Caixa

Rabello vai assinar nesta ou na próxima semana convênio não oneroso com a Caixa Econômica Federal para que funcionários do banco de desenvolvimento atuem em todos os Estados do Brasil e Distrito Federal via suas agências.

“O convênio é para que ela (Caixa) nos ceda um espaço nos seus prédios de capitais e isso pode ser feito com absoluta rapidez. Já existem funcionários interessados para cerca de 16 Estados”, informou.

Ele disse que a atuação do BNDES nos Estados será “discreta”, porque não irá precisar de uma grande quantidade de pessoas. “Vamos fazer operações de crédito na ponta, vamos captar clientes e originar demanda”, explicou.

De acordo com Rabello, no Brasil há um desconhecimento das facilidades que o BNDES pode oferecer para todos os brasileiros.

“Quando a gente pode fazer digital, ótimo, mas há um sem número de abordagens mano a mano pelo País”, avaliou.