17/08/2011 - 21:00
Campanha
Depois de três anos fora do ar, em São Paulo, a cachaça 51 está de volta à mídia. O mote da campanha, criada pela Loducca, é destacar personagens anônimos que tiveram boas ideias, slogan da 51 há quase meio século – o “51 é uma boa ideia” foi criado na década de 1970. A propaganda, que fica no ar até o final do ano, fala de Estevão da Conceição, que construiu uma casa de pedra na favela de Paraisópolis, em São Paulo, e ficou conhecido como o Gaudí brasileiro. O outro personagem é Sotero Nascimento, o baiano que teve a ideia de oferecer serviços de cópias de documentos em lugares estratégicos de Salvador, como o prédio da Receita Federal.
Marketing esportivo
O Corinthians na frente
Em apenas 11 dias, a TIM vendeu 11 mil chips personalizados com times de futebol. Os corintianos lideram o ranking de vendas, seguidos pelos são-paulinos e pelos palmeirenses. Ao preço de R$ 10, os torcedores que compram o chip recebem notícias diárias e alertas de gol do time do coração.
Grandes grupos
Mais tranquilo
O francês Publicis, terceiro maior grupo de comunicação e marketing, não vai colocar o pé no freio da política de aquisições do grupo, apesar da crise dos mercados globais, em especial na Europa e nos Estados Unidos, na semana passada. “A tendência, agora, é de que sejamos mais tranquilos”, disse Maurice Lévy, CEO do grupo. Só no Brasil, o Publicis comprou agências do porte de Talent e DPZ nos últimos dez meses.
Anunciantes
Fim do casamento
A badalada agência britânica Wieden & Kennedy é a primeira vítima da tentativa da Nokia, comandada por Stephen Elop, de recuperar o terreno perdido para a concorrência. Depois de quatro anos respondendo pela publicidade da fabricante finlandesa de celulares, a W+D, como é conhecida, foi dispensada sem que a Nokia tenha dito quem a substituirá. No Brasil, a Nokia, que em 2009 ocupava a 108a colocação entre os 300 maiores anunciantes, em 2010 caiu para a 234a posição, com investimentos de R$ 12 milhões, segundo ranking da publicação especializada Meio & Mensagem.
Patrocínio
Pit stop na Stock Car
A Raízen, fusão entre Cosan e Shell, investiu R$ 1 milhão para trazer ao Brasil o piloto Jacques Villeneuve. Campeão das 500 Milhas de Indianápolis, da F-Indy e da F-1, Villeneuve não veio apenas participar de uma única prova da Stock Car. Com a presença do piloto no País, a Raízen começou a substituir a marca Esso, tradicional patrocinadora da categoria, pela marca Shell. Segundo Leonardo Linden, diretor de marketing da Raízen, a mudança definitiva só vai ocorrer em 2012, quando a marca Esso deixará de existir. A mudança se estenderá também para outras plataformas de patrocínio da marca no Brasil.
Bate-papo
Murilo Moreno, diretor de marketing da Nissan
Um grupo de 30 pessoas recorreu ao Conselho de Autorregulamentação Publicitária (Conar) contra a campanha “Pôneis Malditos”, da montadora japonesa Nissan, porque a peça associa o termo “maldito” a um ícone infantil.
Qual é o resultado da propaganda dos “Pôneis”?
O impacto foi sentido nas nossas 112 lojas. Em algumas unidades, o fluxo de clientes aumentou em 20%. Em outras, até mais. Os números efetivos de vendas só teremos em algumas semanas.
Qual o retorno à marca?
Estamos fazendo nossa pesquisa semestral neste momento. Mas a Nissan se beneficiou muito dos pôneis porque aumentou o conhecimento dos brasileiros sobre a nossa marca e esse é um dos nossos objetivos.
Um grupo de consumidores recorreu ao Conar contra a publicidade. Qual é a sua opinião?
Sempre haverá quem goste e quem não goste. O fato é que, dos sete milhões de views registrados até a semana passada, 95% deles fizeram comentários positivos. Não se pode perder de vista que o bem e o mal fazem parte do mundo. O universo infantil está cheio de referências à maldição, como a sofrida pela Branca de Neve ou pela Cinderela.