18/08/2020 - 18:56
A Boeing, atingida pelo declínio do transporte aéreo, proporá um segundo plano de demissões voluntárias aos seus funcionários, que se somará ao corte, já anunciado, de 10% de seus quadros.
“Embora vejamos sinais de reativação após a pandemia, nosso setor e nossos clientes continuam enfrentando desafios importantes”, explicou o grupo em uma nota enviada à AFP nesta terça-feira (18).
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“Tomamos medidas para nos ajustarmos à realidade do mercado e preparar a empresa para a reativação”, acrescentou a Boeing. “Vamos oferecer um segundo plano de demissões voluntárias para permitir aos funcionários deixar a empresa com indenizações”, explicou, sem detalhar quantos colaboradores o plano poderá alcançar.
O grupo já vinha sofrendo com a crise do 737 MAX, seu avião vedete, que não voa desde março de 2019, após dois acidentes fatais, quando a COVID-19 derrubou as vendas de passagens e interrompeu a produção em suas fábricas.
A Boeing, assim como sua concorrente europeia Airbus, reduziu o ritmo de produção.
Em julho, executivos informaram que a companhia havia identificado 19.000 funcionários que deixariam a empresa até o fim do ano, o que seria compensado por 3.000 novas contratações, sobretudo no setor da defesa.
Este novo plano de redução dos quadros se somará a estes cortes.