14/11/2014 - 0:00
O dia 13 de novembro foi a quinta-feira, mas esta sexta-feira 14 está sendo o momento de azar do mercado. Dois fatos ligados à Petrobras estão derrubando o mercado.
O primeiro é a deflagração de mais uma fase – a sétima – da operação Lava Jato pela Polícia Federal. Nessa fase foram decretados 27 mandados de prisão, 49 de busca e apreensão e o bloqueio de R$ 720 milhões em bens de 36 suspeitos de corrupção em transações com a estatal.
Entre os presos estão Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, e o diretor da Iesa Óleo e Gás, Oto Garrido Sparenberg. Até agora nove pessoas ligadas a empreiteiras já foram presas. Entre elas estão sócios e diretores de pelo menos 11 construtoras investigadas.
O segundo fato a derrubar o mercado foi adiamento da divulgação dos resultados da Petrobras do terceiro trimestre, previsto para esta sexta-feira, mas postergado para meados de dezembro.
A Petrobras não conseguiu chegar a um acordo com os auditores da PriceWaterhouse (PwC), empresa de auditoria encarregada de validar suas demonstrações contábeis, e os analistas temem que seja inevitável a publicação do balanço com ressalvas, o que pode provocar problemas legais para os diretores da estatal.
Após ter a abertura dos negócios postergada em quase duas horas, as ações PN da Petrobras abriram com queda de 5% a R$ 12,90. As ordinárias recuam 4,7% para R$ 12,51. O Índice Bovespa está em 50.940 pontos, queda de 1,75%.