Por Laís Adriana*

São Paulo, 17/01/2025 – As bolsas da Ásia fecharam sem direção única, pressionadas pelas perdas em Wall Street e por temores quanto as políticas econômicas de Donald Trump, que tomará posse como presidente dos EUA na segunda-feira. Na China, os ativos de risco avançaram ao receber alívio de dados de atividade, indústria, varejo e moradias, que sinalizaram recuperação da economia, ainda que analistas vejam fôlego limitado.

Na China continental, o Xangai Composto subiu 0,18%, a 3.241,82 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,35% a 1.916,19 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng ganhou 0,31%, a 19.584,06 pontos, impulsionado pelos setores imobiliário e de semicondutores. Entre os destaques, a Semiconductor Manufacturing International Corp. saltou 9,6%, recuperando perdas recentes após a China anunciar investigação contra fabricantes de chips americanas por competição ilegal – medida vista como retaliação às sanções dos EUA.

O Produto Interno Bruto (PIB) da China acelerou à taxa anual de 5,4% no quarto trimestre de 2024, bem acima do previsto pela FactSet, enquanto produção industrial e varejo também surpreenderam com leituras mais fortes que o esperado. Já os preços médios de novas casas caíram 5,7% em dezembro, na comparação anual, em recuo menos intenso que o registrado em novembro.

Para a Capital Economics, a atividade chinesa recebeu impulso das medidas de estímulos fiscais do governo, mas o fôlego será limitado e a economia deverá desacelerar em 2025. Já o ING aponta que a “questão central” está em qual meta será definida pela China para o crescimento do PIB.

Em outras partes da Ásia, o índice Nikkei fechou em baixa de 0,31%, a 38.451,46 pontos, em Tóquio, ainda sob preocupações sobre possível alta de juros do Banco do Japão (BoJ, em inglês) na próxima semana. Na Coreia do Sul, o índice Kospi recuou 0,16%, a 2.523,55 pontos, em Seul. Em Taiwan, o índice Taiex subiu 0,53%, a 23.148,08 pontos.

Na Oceania, o índice S&P/ASX 200 teve queda de 0,20% em Sydney, a 8.310,40 pontos.

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*Com informações da Dow Jones Newswires