Os mercados acionários europeus fecharam em queda nesta quarta, 8, em sessão marcada pela publicação do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre da zona do euro, por declarações de dirigente do Banco Central e Europeu (BCE) e no aguardo de um posicionamento dos principais bancos centrais do mundo sobre a taxa de juros. Ainda, dados da produção industrial da Alemanha, expectativas de consumidores da zona do euro para a inflação no bloco e possíveis flexibilizações na China também orientaram os negócios desta sessão.

O CAC 40, em Paris, caiu 0,41%, a 6.660,59 pontos, e o FTSE MIB, em Milão, fechou em baixa de 0,10%, a 24.241,35 pontos. Já em Madri, o índice Ibex 35 caiu 0,50%, a 8.290,50 pontos. O índice DAX, em Frankfurt, seguiu o movimento e fechou em baixa de 0,57%, a 14.261,19 pontos. Por fim, na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 cedeu 0,91%, a 5799,67 pontos. As cotações são preliminares.

Em Londres, o FTSE 100, caiu 0,43%, a 7.489,19 pontos, apesar de ser puxada para baixo pela Shell (queda de mais de 1,5%), pela Harbour (baixa de mais de 2,5%) e pela BP (que cedeu mais de 2%) após as quedas seguidas do petróleo. Já em Lisboa, o destaque negativo de energia foi para a Galp Energia, com queda de mais de 3,5%

Hoje, a agência Eurostat indicou um crescimento do PIB da zona do euro no terceiro trimestre de 2022 ante o segundo, na última leitura do dado. Entretanto, a Oxford Economics analisa que a previsão ainda é de contração no quarto trimestre, “uma vez que a inflação elevada e as condições financeiras apertadas amortecem o consumo e pesam sobre o investimento”.

Mais cedo, um dirigente do BCE, Fabio Panetta, defendeu o envolvimento de bancos centrais na regularização e estabilização de criptoativos, destacando a necessidade de proteger o sistema financeiro convencional dos riscos criptográficos.

Outro driver para as negociações de hoje foi a queda da produção industrial da Alemanha, na leitura oficial. A queda, entretanto, foi menor do que a esperada pelo mercado.

No radar de investidores, também estava a notícia de que a China irá voltar a flexibilizar parte das medidas de restrição à mobilidade, segundo comunicado da Comissão Nacional de Saúde (NHC, na sigla em inglês). Entretanto, os dados fracos de exportações do país mantiveram os mercados europeus em “desvantagem”, segundo análise da CMC Markets.